Concessionária EPR Vias do Café realizou reunião em Santana da Vargem e explicou sobre valores e desconto que motoristas podem ter
A EPR Vias do Café, empresa do Grupo EPR, concessionária responsável pela administração de trechos de rodovias no Sul de Minas, realizou na noite desta quarta-feira (26), no Auditório Monsenhor José Ribeiro, na Escola Municipal Doralice Mendonça Reis, um encontro com prefeitos e moradores em Santana da Vargem.
A empresa tem a concessão durante 30 anos e vai administrar as rodovias MG-167, CMG-491/BR-146/CMG-369/LMG-863 e BR-265. São 432,8 quilômetros de extensão, contemplando 22 cidades incluindo Três Pontas, Santana da Vargem, Varginha, Coqueiral, Nepomuceno, Boa Esperança, Três Corações, Alfenas, São Sebastião do Paraíso, Guaxupé, Muzambinho, Monte Belo, entre outras. São 738 mil habitantes que estão nestes municípios. No encontro, o diretor executivo da EPR Vias do Café, José Salim, destacou que os investimentos nos trechos da concessionária são altos, mais de R$ 4,7 bilhões em melhorias em investimento e serviços aos usuários.
Ele fez uma apresentação e respondeu a diversas perguntas de poucas pessoas que compareceram no encontro. Estão sendo investidos R$ 2,6 bilhões em melhorias em Investimento e mais R$ 2,1 bilhões em serviços ao usuário. O grande objetivo é oferecer segurança viária com redução de acidentes e implantado um Programa de Redução de Acidentes (PRA). Ações são previstas para conscientizar sobre a importância de um trânsito seguro.
É obrigação da concessionária, fazer 30,41 quilômetros de faixas adicionais, 236,35 quilômetros de acostamento, 6,9 quilômetros de vias marginais, 59 melhorias em acessos, 7,64 quilômetros de duplicação, 56 paradas de ônibus, 48 dispositivos como rotatórias, diamantes, trombetas e retornos, 7 travessias de pedestres.
Além de disso, precisa fazer a recuperação, manutenção e conservação da rodovia, obras de ampliação e melhoria, a prestação de serviço de atendimento ao usuário e o pagamento de tributos.
Para atender a quem está nas rodovias, é oferecido atendimento pré hospitalar, com seis ambulâncias, com socorro mecânico, cinco guinchos leves e pesados, em seis bases de apoio, uma delas em Santana da Vargem, com quatro viaturas de inspeção que percorrem o trecho diuturnamente, com dois caminhões pipa e caminhão boiadeiro. As bases estão em Santana da Vargem (MG 167), Três Corações (CMG 491), Campos Gerais (CMG 369), Paraguaçu (CMG 491), Muzambinho (CMG 491) e Monte Santo de Minas (CMG 491). O Centro de Controle Operacional está localizado em Varginha, funcionando 24 horas por dia, todos os dias da semana. Há também o canal de atendimento ao usuário 0800, que também funciona de forma ininterrupta.
Já as praças de pedágios ficam localizadas em Nepomuceno e Boa Esperança (BR 265), Alfenas, Três Corações, Monte Santo de Minas (MCG 491), Muzambinho (BR 146).
A cobrança de pedágio traz também imposto, é o ISSQN pago anualmente às prefeituras. Uma estimativa de valores foi apresentada com base no volume de tráfego, alíquota percentual do município e a extensão da rodovia no município. As prefeituras de Três Pontas e Varginha receberão o mesmo valor – R$750 mil ano, apesar do percentual diferente. Santana da Vargem R$450 mil, Boa Esperança R$700 mil, Coqueiral R$150 mil. Alfenas terá a maior fatia de ISSNQ recebendo R$1,5 milhão com duas rodovias CMG-491 e CMG-369. Veja abaixo lista completa de todos os municípios
Além de toda a melhoria que estão ocorrendo para que a cobrança comece a ser feita, há uma lista de investimentos a serem feitas ao longo das três décadas. A conclusão varia de 4 a até 20 anos do período que o contrato estiver vigente. As melhorias no trecho que passa por Três Pontas, variam entre 6, 18 e ano 20, contando a partir de outubro de 2023, quando a EPR assumiu. Em Santana da Vargem, a rotatória que fica no entroncamento das rodovias BR 265 e MG 167, está para os anos 18 e 19. O diretor José Salim explicou que isto que foi estipulado pelo Departamento de Estradas e Rodagens (DER-MG) pode ser alterado, o período diminuído e o que é prioridade sair primeiro. Neste caso, com o pedido do Governo do Estado com intervenção política de prefeitos com deputados.
Ficou para o final, a questão envolvendo o preço a ser pago em cada uma destas praças – R$14,30. A previsão é que comece ainda no mês de julho, mas ainda sem dia definido. Salim explicou sobre o Desconto de Usuário Frequente (DUF). É que quando as passagens forem no mesmo mês, no mesmo sentido, com desconto máximo na trigésima passagem para veículos de passeio, considerando a extensão do trecho de cobertura da praça, a extensão da distância de referência e pesquisa origem/destino. O desconto é progressivo e depende da praça e da quantidade de vezes que o motorista passar por ela. Os motoristas tem, neste caso, a pista de passagem automática. É importante explicar que obrigatoriamente eles precisam ter o TAG. Ele é uma etiqueta eletrônica instalada no parabrisas do veículo, possibilitando a passagem pelas faixas automáticas de pedágio sem a necessidade de parar. Usando comunicação por radiofrequência, registra a passagem e efetua o pagamento eletronicamente, viabilizando o acesso ao Desconto de Usuário Frequente.
Estão isentos, veículos de que fazem socorro a pessoas em casos de urgência e emergência, que precisam ser cadastrados pelas Prefeituras. Veículos pesados não tem nenhuma isenção.
Salim justificou que as pessoas sempre comparam os preços destes novos trechos pedageados com a Fernão Dias. A BR 381 foi entregue à iniciativa privada duplicada. O cálculo do valor da tarifa varia de acordo a situação da via, o movimento e investimento. Ele está sendo bem maior nestes trechos que foram assumidos. “Aqui na EPR Vias do Café, o investimento é alto, com tráfego menor e tarifa mais cara”, defendeu Salim. O tráfego de todo o trecho, segundo estimativa da EPR, é de 82% sejam veículos leves e 18% dos pesados.
