Por Mariana Tiso, para Equipe Positiva

No último fim de semana, a cidade de Três Pontas celebrou seus 167 anos com a realização do prestigiado Festival Canto Aberto. Entre as muitas apresentações que marcaram o evento, a participação de Edson Guilherme Josué, conhecido artisticamente como “Pelezinho 7 Cordas”, foi um destaque especial.

Pelezinho começou sua jornada musical aos 13 anos, incentivado por sua mãe. “Minha mãe me colocou para fazer aulas de violão, e logo comecei a tocar na igreja e em bandas de samba e pagode da época”, relembra. Este apoio inicial foi fundamental para que ele desenvolvesse suas habilidades e paixão pela música.

Hoje, Pelezinho se destaca como compositor e instrumentista, tocando violão, cavaquinho e contrabaixo. “Eu componho e toco, além de dar aulas particulares de violão e cavaquinho. Também trabalho com estúdios de gravação através do meu projeto p7songs”, explica. Ele vê sua participação na cena musical de Três Pontas como muito positiva: “Com parcerias de peso e projetos importantes, tenho contribuído bastante para o cenário musical da nossa cidade.”

Participação de Pelezinho 7 cordas no Canto Aberto 2024

Ao longo dos anos, Pelezinho estabeleceu colaborações significativas com diversos músicos e bandas da região. Recentemente, tocou no famoso Bar do Zeca Pagodinho, no Rio de Janeiro, com a ‘Turma do Boka’ de Lavras. “Foi uma experiência incrível”, comenta. Ele também abriu o show do grupo Sorriso Maroto em Varginha com o grupo Kao e participou de gravações audiovisuais com Gil Deon. “Essas parcerias e experiências são incríveis e contribuem muito para minha visibilidade no meio artístico”, acrescenta. Em 2019, teve a honra de se apresentar no programa do Ratinho.

A composição também faz parte do repertório de Pelezinho. Ele conta sobre o processo criativo de uma de suas músicas: “Meu amigo e cantor Márcio Moreno precisava de uma música de trabalho para dar um ‘start’ na sua carreira musical em 2020. Ele me pediu para fazer um samba para ele. Eu nunca tinha feito um samba mais pro lado raiz, que é a linha que ele mais se identifica, mas decidi tentar. Um mês depois, finalizei a música. Ele curtiu bastante, gravou em seguida e está tendo bastante aprovação do público até então.”

A trajetória de Pelezinho no Festival Canto Aberto é impressionante. Ele participou com quatro canções na fase local, sendo que três delas foram para a final e foram premiadas. “Participei de quatro canções na fase local, e para minha alegria, três delas foram para a final e foram premiadas”, celebra. Na etapa nacional, participou com uma canção. Ele relembra sua participação anterior no festival: “Em 2019, participei com a música ‘Botequim’, interpretada pela cantora Elis Teófilo, que conseguiu o segundo lugar naquela ocasião. Em 2022, fiquei em terceiro lugar no mesmo festival.”

O Festival Canto Aberto, realizado pela primeira vez em 1982 por Marco Aurélio de Aquino, retornou ao calendário municipal em 2018. Desde então, tem promovido o desenvolvimento cultural de Três Pontas, atraindo turistas e fomentando a economia local. Em 2019, o festival foi reconhecido como patrimônio cultural municipal pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA).

O festival não só celebra a rica tradição musical de Três Pontas, mas também oferece uma plataforma para novos talentos. “O amor pela música em Três Pontas é como uma oração, uma religião”, diz Pelezinho. O evento proporciona um impacto socioeconômico significativo, com lotação de hotéis e movimentação intensa em bares, restaurantes e lojas locais.

Para Pelezinho, o festival representa a materialização de sonhos. “Sonhar é uma parte de nós que não descansa. Para o artista, o sonho é a salvação da alma”, filosofa. Ver seu sonho tomar corpo no Festival Canto Aberto é um sopro de vida a mais para ele e para muitos outros artistas que encontram no evento uma oportunidade de expressar seu talento e paixão pela música.

Com uma trajetória marcada por dedicação e talento, Pelezinho 7 Cordas continua a enriquecer a cena musical de Três Pontas e a inspirar futuras gerações de músicos. Seu sucesso no Festival Canto Aberto é apenas um capítulo de uma história repleta de conquistas e parcerias frutíferas.

Veja o resultado completo com todas as canções premiadas

Música mais comunicativa: Minas, você é meu lar
Autor: Anderson Martins e Silva
Intérprete: Anderson Martins
Cidade: Andradas – MG

Melhor Intérprete: música Euforia
Autor: Renan Ribeiro
Intérpretes; Renan Ribeiro, Mariano Nanon e Ge Alvarenga

Fase local
Primeiro lugar: Som verdadeiro
Autor: Pelezinho 7 cordas
Intérprete: Márcio Moreno

Segundo lugar: Nuances de nós
Autores: Izadora Morais e Mauro Marques
Intérprete: Izadora Morais

Terceiro lugar: Montado no vento
Autores: Paulo Ciranda e Chico Canela
Intérprete: Grupo Morena

Fase Nacional
Primeiro lugar: Na volta do Carrossel
Autor: Casquídeo
Intérprete: Casquídeo
Cidade: Alfenas – MG

Segundo lugar: Caguei pra você
Autor: Matheus Audan
Intérprete: Matheus Audan
Cidade: Jundiaí – SP

Terceiro lugar: O que nos cabe
Autora: Márcia Cherubim
Intérprete: Márcia Cherubim
Cidade: Santo André – SP

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