A Câmara Municipal realizou nesta segunda-feira (26), a sessão ordinária com a maior pauta deste ano para votação. Foram ao todo 20 projetos, todos de autoria do Poder Executivo e tratam de remanejamentos de recursos financeiros entre as pastas. A prática é comum na gestão pública, ainda mais neste período eleitoral, quando não são feitas transferências de emendas e recursos de parlamentares nas esferas estadual e federal.
Falando nisso, os vereadores aproveitaram o tempo no Pequeno Expediente, para pedir votos aos seus candidatos a deputados. Com exceção do vereador Roberto Donizetti Cardoso (DEM) e Paulo Vitor da Silva (PP), todos que usaram a Tribuna, começando pelo vereador Luciano Reis Diniz (PV), manifestaram o voto e o porque da população escolher os majoritários no Município, Mário Henrique ‘Caixa’ (PV) e Diego Andrade (PSD-MG). Sérgio Eugênio Silva (Cidadania), pela primeira vez apoia Diego Andrade à reeleição. Em grupo político diferente, apesar de sempre manter uma relação muito próxima com ele, esta é a primeira vez que Sérgio apoia Diego e pede votos. Apesar de estar em lados opostos ao longo destes anos, o parlamentar sempre citou elogios ao vereador que pertence ao partido do ex-prefeito Paulo Luis Rabello (Cidadania).
O vereador Luis Flávio Floriano (PDT), apoia Caixa e Diego, mas fez uma ‘média’ com outros parlamentares, citando alguns nomes, dizendo que precisa deles também. Estes vieram recursos, mas muito longe do que a ‘dupla trespontana’.
O vice presidente da Câmara Antônio Carlos de Lima (Antônio do Lázaro – PSD), antes de falar de Caixa e Diego, mencionou que a Secretaria de Educação tem enfrentado problemas com a falta de ônibus, mas justificou que a Prefeitura comprou 10 novos veículos com emenda de Diego e recursos próprios, porém, a empresa tem sido cobrada e não tem previsão de quando fará a entrega dos veículos. Por isso, antecipou a notícia, caso alguém faça alguma reclamação.
Antes de rasgar os elogios aos dois deputados que apoia, Antônio, diz que fica triste ao ver cartazes de tantos candidatos aparecendo na cidade neste período, gente que ele afirma não ter feito nada nos últimos quatro anos pela população. Terminou pedindo que Deus ilumine a cabeça das pessoas ao irem votar no próximo domingo, dia 02 de outubro.
Paulinho Leiteiro foi o único a dizer que não apoia o deputado Caixa. Ele está com o deputado estadual Dalmo Ribeiro (PSDB) e não citou quem apoia para deputado federal, apesar de citar que Diego Andrade faz um grande trabalho pela cidade. Em material de campanha distribuído na cidade, Dalmo aparece com o candidato a deputado federal Carlos Alberto Pereira (Podemos).
Coleta do lixo
Robertinho voltou a falar do lixo. Citando primeiro a taxa aprovada pela Câmara, que segundo ele tem deixado as pessoas indignadas e o montante que a Prefeitura tem pago para fazer o transbordo em Nepomuceno. Depois apresentou a reclamação de moradores que estão pagando por um serviço que não está sendo prestado. É que alguns lugares não tem coleta de lixo. Os moradores precisam colocar o lixo na rua principal. Ele cobra providências – que aumente o número de funcionários, de caminhões para que evite que ele mova uma Ação Popular. Robertinho pediu que as pessoas que reclamaram com ele, faça fotos e vídeos da situação e colha assinaturas, porque caso não seja resolvido o vereador vai na justiça defender o povo.
Sérgio Silva mencionou também que moradores do bairro Jardim Julieta é dos que não tem coleta em todas as ruas e solicitou que a situação seja regularizada, pois a tarifa do lixo chega todos os meses na conta do Saae.
Cavalos recolhidos
A vereadora Maria Selena Silva (PSD), reclamou que donos de cavalos que tem tido os animais apreendidos tem reclamado que não sabe que tem sido feito o recolhimento. Por isso, ela tem ouvido reclamações e pediu que a Prefeitura comunique. Em seguida, Geraldo José Prado (Coelho – PSD), respondeu que os donos de animais precisam ter o mínimo de responsabilidade. Ninguém mais estava aguentando tantos cavalos abandonados em vários bairros do Município, inclusive nas praças do Centro. Ele disse que existe a lei que tem que ser cumprida.
Festa do Padre Victor
Luciano Diniz parabenizou toda a organização da festa, que se preparou para receber as pessoas, mencionando com destaque a realização da novena preparatória que começou no dia 14 de setembro, com a participação maciça do povo trespontano. Espera que a cada ano o movimento dos visitantes aumente.
Sobre este assunto, Paulinho falou no Pequeno Expediente que não concorda com a prioridade que a gestão tem dados em muitas coisas. Citou por exemplo, a questão da iluminação da estrada do Foguetinho, ao invés de colocar postes de iluminação na Avenida Conceição Marinho. Assim também a questão da Festa do Padre Victor. Na visão dele, o Município precisa se preparar melhor para receber bem os devotos que vem pela fé e os comerciantes e pessoas que visando o turismo e comércio.
Sérgio acrescentou nesta manifestação do colega, que a questão da chuva é difícil de se prever e um fato isolado. Sanitários tinham muitos montados no Parque da Mina. O que na verdade precisa ser verificado são as condições de manuseio de alimentos. Sérgio é fiscal sanitário concursado e colegas dele de trabalho foram na feira dar orientações aos vendedores e ficaram surpresos demais com as questões básicas de higiene. Sem envolver os demais e dizendo que estava falando por ele, Sérgio só citou um quesito, que é fundamental. Nas barracas não existe água e a situação é lastimável. Se for fazer uma fiscalização, dificilmente alguma coisa seria aprovada. Mas ele reforça que a responsabilidade com a feira é da Associação Padre Victor.
Coelho parabenizou a Polícia Militar pelo trabalho de segurança na festa e espera que se unam as forças para melhorar a cada ano a estrutura para receber os romeiros.
PROJETOS
Todos os 20 projetos da pauta, se referem a abertura de crédito adicional suplementar. Dois deles haviam o pedido de votação em caráter de urgência pelo Poder Executivo. Um no valor de R$16.511,00 para cumprir obrigação de prestar contas de seus convênios e outro de R$137.966,46, para a Secretaria de Educação também cumprir suas obrigações.
Secretaria Municipal de Transportes e Obras
Da Secretaria Municipal de Obras, tem R$6 mil para a manutenção da pasta fazer a contratação de serviço de abastecimento de água e coleta de lixo dos imóveis utilizados pela administração pública; R$787.438,54 e mais R$235.779,50 para manutenção da Secretaria.
Secretaria Municipal de Saúde
A maioria dos projetos, 10 deles, se refere a recursos para a Secretaria Municipal de Saúde. Sendo os valores: R$53.663,05; R$10.856,90; R$528,91; R$23.175,61; R$87 mil; R$32.992,25 para manutenção da pasta; R$304.978,95 para manutenção e fortalecimento da atenção especializada; R$131.731,85 para aplicar em educação em saúde ambiental para o enfrentamento do Aedes Aegypti e R$80 mil para compra de material, bem ou serviço para distribuição gratuita. O destaque nos recursos da Saúde é a destinação de R$300 mil para o funcionamento do Centro Especializado em Reabilitação (CER III), nas modalidades auditiva, física e intelectual, que funciona na Apae de Três Pontas.
Outras áreas
Da Secretaria Municipal de Educação tem R$65 mil para despesas com a folha de pagamento de servidores. No Esporte, R$14 mil que será destinado para o pagamento de auxílio financeiro para atletas que representam o município em diversas modalidades esportivas. Nos setores de Meio Ambiente e Fazenda, são R$65 mil para investir na manutenção básica dos dois setores. Especificamente no Meio Ambiente, tem mais R$24.260,00 para pagar as despesas com podas de árvores e captura de animais de grande porte soltos nas ruas. Os vereadores chegaram a fazer algumas manifestações neste projeto, principalmente destacando o trabalho realizado com a poda de árvore e a reposição das árvores que estão sendo cortadas. Sérgio sugeriu que na ‘Avenida do Foguetinho’ se plante pés de ipês. Já Selena Caté, sugeriu que na cidade se plante árvores frutíferas como ela viu em Ribeirão Preto (SP). Os tipos de árvores citadas por ela chamaram a atenção, como pitangas, jabuticabas, laranjas e até bananas. Na Secretaria de Assistência Social, o único valor foi de R$5 mil para a compra de material permanente.
Todos os projetos foram aprovados por unanimidade, com pouquíssimas discussões e manifestações.