

*Por Mariana Tiso, para Equipe Positiva

*Evento marca um novo capítulo para a cafeicultura e o turismo mineiro, com presença de autoridades regionais e nacionais em uma noite histórica no Sambódromo Municipal
Três Pontas viveu, na noite da última sexta-feira (7), um momento que entra para a história da cidade e da cafeicultura brasileira. O Marco 1 do Circuito Nacional do Café foi oficialmente inaugurado no Sambódromo Municipal Maestro Jaime de Abreu, consolidando o município como ponto de partida de uma rota que ligará dezenas de cidades produtoras de Minas Gerais ao interior paulista, até o Porto de Santos.
O evento foi um marco não apenas simbólico, mas também político, econômico e cultural. Ele representou a união de forças entre o poder público, o setor produtivo e as instituições ligadas ao café. A cerimônia contou com a presença de diversas autoridades, entre elas o prefeito de Varginha Leonardo Ciacci, o prefeito de Coqueiral Renato Oliveira, e o prefeito de Santana da Vargem, Argemiro Rodrigues Galvão, que integraram o dispositivo de honra ao lado do prefeito Luis Carlos da Silva (Luisinho), do vice-prefeito e secretário de Cultura, Lazer e Turismo Maycon Douglas Machado, do presidente da Câmara Myller Bueno, e do deputado federal Diego Andrade, idealizador do projeto.
Três Pontas entra oficialmente na rota nacional do café
O Marco 1 foi instalado no trevo de acesso à Varginha, às margens da MG-167, simbolizando o reconhecimento de Três Pontas como cidade de referência na produção e na história do café. A iniciativa faz parte de um projeto nacional que teve início em Varginha, com a instalação do Marco Zero, e que será expandido para mais de 50 municípios mineiros reconhecidos pela Lei Federal nº 14.718/2023, que instituiu o Território do Café como o 14º monumento nacional brasileiro.
O Circuito Nacional do Café, de autoria do deputado Diego Andrade, visa unir as principais regiões produtoras de Minas e criar uma nova rota turística e econômica. Cada marco contará com QR Codes interativos que permitirão aos visitantes acessar informações sobre fazendas, cafeterias, restaurantes e experiências culturais relacionadas à cafeicultura.
Edgar Pinto Paiva: “Um símbolo da força do produtor e da união”
O primeiro a discursar foi Edgar Bessa idealizador do projeto. Edgar iniciou agradecendo a presença das autoridades e reforçando a importância de um momento em que a cafeicultura ultrapassa os limites da lavoura e se torna instrumento de turismo e identidade.
Ele destacou o apoio da Prefeitura de Três Pontas e do deputado Diego Andrade, lembrando que o projeto só se tornou realidade porque encontrou terreno fértil na cidade. “Esse marco é resultado de uma construção coletiva, que valoriza o produtor, o comércio e o turismo. É uma homenagem à história de quem fez e faz o café ser o que é: o produto que representa o Brasil no mundo”, afirmou.
Ao longo da fala, Edgar também enalteceu o papel do secretário Maycon Douglas Machado e do prefeito Luisinho, destacando o envolvimento da gestão municipal na articulação do evento e no planejamento de ações que garantam a sustentabilidade do projeto.
Hugo de Lima: “Nada que transforma começa fácil”
Em seguida, o presidente da ACAITP, Hugo de Lima, falou em nome dos empresários e da comunidade empreendedora. Ele começou agradecendo às autoridades presentes e ressaltando o orgulho de ver Três Pontas inserida em um projeto de dimensão nacional.
Hugo falou sobre o poder da cooperação entre o público e o privado e o compromisso da associação com o desenvolvimento local. “Sabemos que projetos grandiosos como este nascem com desafios. Nada que realmente transforma começa fácil. Mas é nesses momentos que o espírito da nossa gente se mostra mais forte. Em Três Pontas, um mais um é sempre mais do que dois: criamos propósito, criamos história”, afirmou.
Ele destacou ainda que o Circuito Nacional do Café é uma oportunidade de fortalecer a marca “Três Pontas” no cenário nacional e internacional, tornando a cidade vitrine para o turismo rural e gastronômico. Ao final, agradeceu também aos motociclistas e expositores presentes, que contribuíram para a realização do evento “três em um”, que uniu café, gastronomia e música.
Myller Bueno: “Estamos colocando Três Pontas na rota do mundo”
O presidente da Câmara Municipal, vereador Myller Bueno, descreveu a noite como “memorável e histórica”. Em um discurso emocionado, ele lembrou que o café é o verdadeiro ouro verde de Três Pontas e que o município carrega, além de tradição e fé, uma economia baseada no trabalho de milhares de famílias ligadas à agricultura.
“Quando falamos de rota do café, falamos de história, de fazendas, de cultura, de economia e de um povo trabalhador. O café é o nosso ouro verde e representa o sustento e o orgulho de ser trespontano”, destacou.
Myller elogiou a dedicação do deputado Diego Andrade, destacando que o parlamentar escolheu Três Pontas não por conveniência política, mas por afeto e compromisso com sua terra natal. “Muitos diriam que seria mais interessante investir em cidades maiores, mas o Diego escolheu Três Pontas porque ama essa cidade. Ele faz por amor, não por obrigação. E é por isso que hoje Três Pontas não está apenas na Rota Nacional do Café, mas na rota do mundo.”
Maycon Douglas: “Quando há união, as coisas acontecem”

O vice-prefeito e secretário municipal de Cultura, Lazer e Turismo, Maycon Douglas Machado, fez um discurso de reconhecimento e gratidão. Ele agradeceu à equipe da Prefeitura, às secretarias envolvidas, aos servidores públicos e à imprensa local, ressaltando que o evento é fruto da dedicação coletiva.
Maycon também destacou a importância das parcerias com o Sebrae, o Comtur, os empreendedores e os motociclistas da cidade, que contribuíram para o sucesso da programação. “Sem a união dos motociclistas e o envolvimento do comércio local, nada disso seria possível”, afirmou.
Ao abordar o Circuito Nacional do Café, o vice-prefeito reforçou que o projeto simboliza a força da cidade e a visão de futuro da administração. “O que precisar do nosso apoio, Três Pontas vai oferecer. Porque nós não temos preguiça. E quando damos as mãos a quem quer o melhor para o povo, as coisas acontecem. Esse projeto vai colocar nossa cidade em evidência, e isso é só o começo.”
Maycon encerrou exaltando o trabalho do prefeito Luisinho, a parceria com o deputado Diego Andrade, e o compromisso da gestão em fazer de Três Pontas uma cidade cada vez mais visitada e reconhecida.
Prefeito Luis Carlos Silva: “Três Pontas vive um novo tempo”
O prefeito Luis Carlos da Silva (Luisinho) fez um dos discursos mais aplaudidos da noite. Ele começou agradecendo ao público e aos parceiros que tornaram o evento possível, especialmente o Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômicos (CONDES), que patrocinou e investiu na estrutura da festividade.
O prefeito destacou que o evento foi pensado para integrar três grandes momentos: o 1º Encontro da União dos Motociclistas, o Festival Gastronômico Prepara Uai e o lançamento do Marco 1 do Circuito Nacional do Café. “Não estamos apenas fazendo uma festa. Estamos trazendo entretenimento, cultura e turismo. Por trás disso tudo está o fortalecimento da economia local, o aquecimento dos nossos comércios, restaurantes e hotéis. É isso que queremos: aquecer e diversificar a economia de Três Pontas, com base no turismo”, disse.
Luisinho enfatizou que o turismo será o grande vetor do desenvolvimento econômico futuro de Três Pontas e lembrou dos investimentos que vêm sendo realizados nesse sentido, como a pavimentação da estrada do Pontalete, com emendas que somam mais de R$ 4 milhões, e o projeto da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), com recursos federais na ordem de R$ 45 milhões. “Essas aberturas de portas, essas conquistas, são fruto da articulação dos nossos deputados. Posso dizer com segurança que antes da união com o deputado Diego Andrade, Três Pontas era uma. E agora é outra. Nosso desenvolvimento é outro, nossa estrutura é outra, e o que estamos fazendo aqui hoje é semear o futuro”, declarou.
Diego Andrade: “Minas é um dos três destinos turísticos mais desejados do mundo”
Encerrando as falas, o deputado federal Diego Andrade, autor da lei que criou o Território do Café, comemorou a conquista e elogiou a organização do evento. Ele afirmou que o circuito coloca o café brasileiro em destaque mundial e vai atrair olhares de turistas e investidores.“Nós queremos que o mundo conheça de perto onde é produzido o melhor café do planeta. Que o visitante venha experimentar direto da fonte e viver a hospitalidade do nosso povo mineiro”, disse o parlamentar.
Diego citou ainda uma recente publicação internacional que incluiu Minas Gerais entre os três principais destinos turísticos do mundo para 2026, ao lado da Patagônia e da Grécia. Ele ressaltou que a região do Sul de Minas, especialmente Três Pontas, Varginha, Santana da Vargem e Coqueiral, reúne todas as condições para ser referência global em turismo rural e café especial.
O deputado também fez questão de reconhecer os prefeitos presentes e ex-prefeitos que contribuíram para o avanço da região: Leonardo Ciacci (Varginha), Renato Oliveira (Coqueiral), Argemiro Rodrigues Galvão (Santana da Vargem), Marcelo Chaves (ex-prefeito de Três Pontas e diretor do SAAE) e Verdi Lúcio (ex-prefeito de Varginha).
“Dificilmente vocês vão me ver em Brasília brigando ou xingando. Eu prefiro trabalhar. E é isso que estamos fazendo: aprovando leis importantes e destinando recursos que mudam a realidade da nossa região”, afirmou Diego, encerrando sob aplausos.
Três dias de festa e integração
A inauguração do Marco 1 do Circuito Nacional do Café marcou o início de um final de semana intenso de celebrações em Três Pontas. Foram três dias de evento, reunindo o Circuito Nacional do Café, o Festival Gastronômico Prepara Uai e o Encontro da União dos Motociclistas, que trouxe shows, exposição de motos e música ao vivo.
Mesmo com a chuva, o público compareceu em peso, se divertiu e aproveitou o melhor da gastronomia local. Quinze estabelecimentos participaram do festival, todos capacitados pelo Sebrae, com cardápios variados e novos pratos com produtos que já fazem parte do sabor típico dos bares e restaurantes trespontanos.
A estrutura também chamou a atenção: barracas personalizadas e bem montadas, o que deu um charme especial à área do evento. Os reflexos na economia foram positivos. A rede hoteleira registrou aumento médio de 40% nas reservas, impulsionado diretamente pelos eventos realizados no fim de semana.
Três Pontas, terra da música, da fé e do café, agora é também o ponto de partida oficial da rota nacional que vai conectar histórias, sabores e experiências — reafirmando o papel da cidade como capital do café e orgulho de Minas Gerais.
O que representa o Circuito Nacional do Café

O vice prefeito e secretário de Cultura Maycon Machado, o prefeito Luisinho e o deputado Diego Andrade
O Marco Zero foi inaugurado em agosto deste ano, no Porto Seco de Varginha, cidade considerada o coração logístico da cafeicultura nacional. Já o Marco 1, agora instalado em Três Pontas, simboliza o início do trajeto mineiro que ligará dezenas de municípios produtores até o Porto de Santos (SP) — ponto de exportação dos cafés brasileiros para o mundo.
O projeto também prevê a inclusão gradual de novos municípios, até alcançar cem cidades participantes, ampliando a visibilidade internacional do café e fortalecendo o turismo sustentável.
Mais do que um percurso geográfico, o Circuito Nacional do Café é um movimento de integração regional e de reconhecimento da força produtiva do Sul de Minas. Com o Marco 1 instalado em Três Pontas, a cidade se torna o símbolo do início dessa jornada, reafirmando o orgulho de ser uma das capitais mundiais do café de qualidade e o destino onde história, cultura e economia se encontram em um mesmo grão.



















