
Três Pontas foi selecionada para executar um dos 285 projetos aprovados em todo o Brasil, entre as 1.497 propostas enviadas ao Ministério da Saúde e à Fundação Nacional de Saúde (Funasa), com foco no enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti. A iniciativa foi apresentada oficialmente em reunião com o prefeito Luis Carlos da Silva e os secretários municipais, que agora passam a integrar um trabalho conjunto com o objetivo de prevenir as arboviroses — como Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela — por meio da educação em saúde ambiental nas escolas.
A proposta de Três Pontas foi construída pela Secretaria Municipal de Saúde, com base na união dos setores da administração municipal, valorizando a articulação intersetorial, ou seja, com a participação ativa das secretarias de Saúde, Educação, Meio Ambiente, Transportes e Obras, Fazenda, Agropecuária, Administração, Esportes, Desenvolvimento Social, Gabinete, setor jurídico e entidades como ONGs e associações. O projeto será desenvolvido em 11 etapas, ao longo de 12 meses, com recursos no valor de R$ 119.815,70, repassados gradualmente pela Funasa.

A primeira etapa foi a apresentação aos secretários, que indicaram representantes de cada pasta para a formação de grupos de trabalho. As ações serão levadas às escolas públicas e privadas, com capacitação de professores, que atuarão como multiplicadores do conhecimento entre os alunos e suas famílias, atingindo diretamente a população urbana e o Povoado Quilombo Nossa Senhora do Rosário.
A coordenadora da Vigilância Ambiental, Sebastiana Aparecida da Silva, explicou que, embora o município tenha passado pelo período mais crítico da doença sem registro de casos graves, a fase atual — de julho a outubro — é o momento ideal para planejar e agir com antecedência, visando um 2026 com números ainda menores.
A comparação entre os dois últimos anos mostra uma redução expressiva nos casos de dengue. Entre 1º de janeiro e 9 de julho de 2024, foram 8.683 casos confirmados, contra apenas 251 no mesmo período de 2025, o que representa uma queda de mais de 97%. Isso se deve, em grande parte, ao esforço integrado da gestão, com destaque para o uso da tecnologia, como drones que conseguem mapear até cinco bairros por dia, auxiliando na identificação de focos do mosquito e na atuação dos agentes de endemias.
Outro ponto importante são os mutirões de limpeza, que só no segundo semestre de 2024 retiraram 180 caminhões de lixo e materiais acumulados de quintais, ajudando a eliminar possíveis criadouros.
O objetivo geral do projeto é mobilizar a sociedade para práticas de prevenção e enfrentamento ao Aedes aegypti, reduzindo os casos de doenças e seus impactos na saúde da população. Entre os objetivos específicos, está a disseminação de informações técnicas sobre criadouros nos domicílios e a eliminação desses focos de forma contínua.
A melhor forma de combater o mosquito é impedir sua proliferação, e isso só é possível com o envolvimento direto da população. A Prefeitura reforça que, mesmo com tecnologia, estrutura e planejamento, o combate ao Aedes é uma responsabilidade coletiva, que começa dentro de casa, com pequenas atitudes que salvam vidas.
Assessoria de Comunicação da PMTP
