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COBERTURA EQUIPE POSITIVA – PATROCÍNIO
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O 8º Simpósio de Mecanização da Lavoura Cafeeira, realizado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais e Universidade Federal de Lavras abriu nesta terça-feira (16), em Três Pontas, a programação técnica da Expocafé 2017. Com o tema “Manejo Mecanizado e Qualidade do Café”, o evento abordou assuntos como torrefação como forma de agregar valor ao café, novas exigências do mercado consumidor e cafeicultura de precisão. “Podemos afirmar que o Brasil é o maior produtor de café do mundo, porque além de deter uma grande área produtiva conta com um pacote tecnológico diversificado, desenvolvido por instituições como UFLA e EPAMIG, afirma o professor da Universidade e coordenador do evento, Fábio Moreira.
Durante o painel “Agregando valor ao café”, o tema pequenas torrefações foi discutido sob o ponto de vista de um professor, de um cafeicultor e de um importador. Para o professor do Instituto Federal Sul de Minas, Leandro Paiva, identificar os nichos de mercado e realizar a torra adequada para atingir esse público diferenciado é a solução para os produtores. “Os pequenos produtores podem se organizar em cooperativas ou Arranjos Produtivos Locais para adquirir equipamentos adequados, fazer a gestão da microtorrefação e análise de mercado, e trabalhar com novos pacotes tecnológicos que vão agregar valor ao café. O bom controle da torra leva à qualidade do produto”, ressalta.
Proprietário da Torrefação BIA e cafeicultor há mais de 30 anos, Sérgio Meireles Filho destacou que antes de investir em uma torrefação o produtor precisa estar decidido a criar uma marca própria e deve se adequar às exigências do mercado consumidor. “O produtor da 3ª onda (café com qualidade e origem única) deve estar preparado para um consumidor com perfil diferente. Há vinte anos, o consumo de café era associado a pessoas estressadas, mais velhas e fumantes. Atualmente, baristas e degustadores buscam características diferenciadas da bebida”, garante.
O administrador da Casa Brasil Coffees, Joel Shuleer, garante que o investimento na torrefação própria junto com boas práticas durante o processo produtivo agregam valor ao café. “O mercado cada vez mais busca a qualidade do produto final, com certificação e identificação de origem, e paga mais por isso”, afirma.
A pesquisadora da EPAMIG Sara Chalfoun falou sobre os desafios e oportunidades na cafeicultura e destacou as novas tendências e exigências do mercador consumidor. “Hoje é reconhecida que a qualidade do produto final depende de boas práticas adotadas em todas as fases da cadeia produtiva. É um processo de corresponsabilidade que inclui boas práticas administrativas, agrícolas, de processamento, armazenamento, transporte e consumo”. Sara ressaltou que cerca da metade do café produzido no Brasil é consumido pelo mercado interno, que está cada vez mais exigente. “A demanda mundial não é por mais café commodity é pelo café diferenciado, de qualidade, com algum tipo de certificação (origem, gourmet, orgânico, fair trade, etc). Antes de investir no aumento da área plantada, o cafeicultor que quer ser bem sucedido deve adotar boas práticas de gestão e ações de baixo investimento e que valorizem o produto final”, observa.
Novidades
A partir desta quarta, 17, com abertura da Expocafé ao público, os cafeicultores poderão conferir lançamento de produtos, como novo secador de café, novas ferramentas multifuncionais e novo derriçador de café. Os visitantes terão ainda opção de compra como cafeteiras, cosméticos à base de café, além de vestuário, como botas, jaquetas, bonés entre outros.
20ª Expocafé
Local: Campo Experimental da EPAMIG (Rodovia Três Pontas/ Santana da Vargem)
Funcionamento: 8h às 18h
www.expocafe.com.br
Entrada gratuita

Autor: Ascom