A noite desta quinta-feira (03), em que Três Pontas celebrou seus 168 anos, foi inesquecível. Após uma manhã repleta de celebrações cívicas — com apresentações encantadoras das crianças das creches e estudantes das escolas municipais e particulares —, o destaque absoluto ficou para o extraordinário e surpreendente show de Nanno Viana.

Cantor, compositor, vencedor do Festival Nacional da Canção em 2016 e atualmente jurado do Festival Canto Aberto 2025, Nanno subiu ao palco depois das 10 apresentações da fase local do festival e simplesmente encantou o público. Com sua simplicidade e humildade características, ele mostrou por que nasceu nos festivais e mantém até hoje laços profundos com músicos trespontanos, valorizando quem, como ele, segue na luta por reconhecimento.

Se ainda lhe faltava fama por aqui, o que se viu nesta noite histórica foi uma consagração. O show começou embalado por MPB e, sem aviso, passeou com naturalidade até hits internacionais como os de Michael Jackson. Nanno mostrou uma potência vocal impressionante, sustentada por um timbre marcante e uma versatilidade rara — que falta até mesmo em muitos artistas consagrados. Ele canta, dança, se entrega por completo e interage com a tranquilidade de quem está em casa. E surpreendeu a todos, do começo ao fim. O frio da noite? Ninguém sequer sentiu.

Boa parte do show foi assim – Nanno cantou no meio do público, que não foi grande (quem não foi perdeu), mas bastante animado mesmo com o frio. Fotos: Equipe Positiva

O melhor show do Festival Canto Aberto 2025, até agora, foi dele. Sem dúvida. E com ele no palco, vieram convidados especiais. Primeiro, o músico Wander Scalioni, seu parceiro na vitória do Fenac em 2016, subiu para reviver aquele momento marcante. Depois, foi a vez da cantora Lydianne Brito — mas nem foi necessário que ela subisse no palco. Nanno desceu no meio do povo e, ali mesmo, cantou com ela e com todos, transformando a plateia em um grande coral espontâneo.

O público, tomado pela emoção, arrastou cadeiras, formou uma roda, se aproximou do palco e fez da Praça Cônego Victor um verdadeiro palco coletivo. Onde ele via alguém cantando, lá estava ele, indo ao encontro, com sua banda completa. A cada passo, mais selfies, mais abraços, mais carinho — especialmente com quem se emocionava ao registrar aquele momento como se fosse o primeiro clique de um celular na vida. Nanno teve paciência e empatia de sobra para todos.

O repertório passeou por seus 20 anos de carreira e suas canções autorais, que carregam o calor de sua terra natal, Vitória (ES), mesmo em meio ao frio de Três Pontas.

Ninguém viu a hora passar. Quando o show terminou, já era sexta-feira, e o público ainda queria mais. Mas era hora de descansar, porque o Festival Canto Aberto ainda continua — e a energia de Nanno Viana segue ecoando como um dos pontos mais altos das comemorações dos 168 anos da cidade.

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