Foto Arquivo EP

 

 

O prefeito de Santana da Vargem, Argemiro Galvão, concedeu entrevista à Equipe Positiva nesta semana e apresentou um panorama dos primeiros meses de sua gestão, com ênfase em políticas habitacionais, avanços administrativos e projeções para o crescimento econômico do município.

Habitação: prioridade da gestão 

Um dos principais focos da nova administração é o enfrentamento do déficit habitacional. Segundo o prefeito, 18 casas já estão com processo finalizado para início imediato das obras, com mais 52 em fase de trâmites documentais. “A população tem buscado muito por habitação. Famílias estão pagando R$ 600, R$ 800, até R$ 1.000 de aluguel e, mesmo assim, não estão encontrando casas para alugar. Amenizar este problema é um compromisso nosso”, afirmou.

Essas 18 casas fazem parte do programa Minha Casa, Minha Vida – faixa 2, com aprovação da Caixa Econômica Federal e contrapartida do município com a doação dos terrenos. A ideia é que as parcelas do financiamento fiquem abaixo do valor de aluguéis pagos atualmente.

Além disso, o município já possui 50 inscrições realizadas em outubro para disputar essas unidades iniciais. Outras 80 áreas já estão mapeadas para construção, das quais 18 serão usadas agora e 60 poderão abrigar novas moradias no futuro. “Se Deus quiser, vamos construir mais 130 casas nesta gestão e temos terrenos para isso”, projetou o prefeito.

Argemiro destacou ainda que, em suas duas gestões anteriores, foram construídas 730 casas populares. No entanto, desde então, não houve continuidade dos programas habitacionais. Ele atribui isso à falta de vontade política e planejamento: “Se tiver vontade e Deus no coração, as coisas acontecem.”

Obras retomadas e planejamento para novas escolas

A administração também está trabalhando na retomada de obras paralisadas há anos, como a construção da nova UBS e da creche do programa Proinfância, parada desde 2013. “Já estamos em fase de repactuação. A obra da Proinfância vai gerar 150 vagas. Hoje temos 92 crianças atendidas, com demanda de mais sete. Vamos atender 100%”, garantiu.

O modelo de execução das obras será direto, com contratação de mão de obra local e compra licitada dos materiais. “Fazendo assim, você emprega o povo de Santana da Vargem, valoriza os profissionais da cidade e entrega uma obra com mais qualidade e controle”, explicou. Como exemplo de sucesso do modelo direto, o prefeito citou a construção do Centro Reviver, da Secretaria de Saúde, do PSF e do Clínico Odontológico, obras realizadas por ele em seus outros dois mandatos.

Outro projeto em andamento é a construção de uma nova escola moderna, com objetivo de elevar o desempenho no IDEB. A proposta de municipalização da educação deve ser aprovada na próxima semana pela Câmara de Vereadores.

Emendas e articulação política

O prefeito revelou que, apenas com o deputado estadual Gustavo Valadares, já garantiu R$ 1 milhão em emendas, podendo chegar a R$ 1,5 milhão até julho. “É um número expressivo, nunca visto em Santana da Vargem. E ele estará conosco no dia 9 de maio para um encontro com a população e a classe política”, anunciou.

Outro nome importante é o do deputado federal Diego Andrade, que recebeu 2.080 votos na cidade e está em negociação com a Prefeitura para destinar recursos. “Já estamos trabalhando as necessidades do município para consolidar essas emendas”, completou.

Administração e servidores

Nos primeiros 100 dias de governo, Argemiro Galvão relata que organizou a máquina pública, investindo na recuperação de veículos, regularização de licitações, e reorganização administrativa. A educação, o transporte e a saúde já estão em fase de equilíbrio e consolidação, segundo ele.

A creche municipal atende atualmente 92 crianças, mas já está prevista a construção de uma nova sala e contratação de mais uma monitora e uma assistente social para zerar a fila de espera. Após as férias de julho, novas vagas serão abertas.

Sobre terceirizações, o prefeito fez críticas ao modelo. “Um funcionário que custa R$ 2.000 sai por até R$ 6.000 numa terceirizada. É muito mais caro. Nós preferimos empregar os nossos próprios profissionais e cobrar qualidade”, defendeu. A folha salarial da Prefeitura tem hoje 360 servidores, com gasto de cerca de R$ 1,5 milhão, representando aproximadamente 45% a 50% do orçamento — dependendo da arrecadação do mês.

Arrecadação: expectativa de aumento

O orçamento atual do município é de R$ 35 milhões, mas a meta da gestão é arrecadar até R$ 50 milhões. O aumento deve vir de emendas parlamentares e do crescimento do Valor Adicionado Fiscal (VAF), impulsionado por empresas como CP Agrícola, Concrelongo, SAAG, Cocatrel e Sanpetro. O prefeito destacou que está incentivando o comércio local a faturar mais no próprio município como forma de impulsionar o ICMS.

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