Polícia Civil conseguiu autorização da justiça, para divulgar imagem do investigado e conta com apoio da população com denúncias para identificá-lo
A Polícia Civil conseguiu autorização da justiça para divulgar a imagem do criminoso que assaltou a mão armada, uma casa lotérica no Centro de Três Pontas. É que ainda não foi possível realizar a identificação e qualificação do suspeito. O crime foi no dia 14 de dezembro, por volta das 18 horas, na Praça Cônego Victor.
As investigações iniciaram logo após o crime. O homem teria entrado pelos fundos do estabelecimento, quando já estava fechado, rendido as funcionárias e levado todo o dinheiro do cofre e dos caixas. A quantia levada não foi informada. O assaltante usou no rosto uma máscara de silicone que simula o rosto humano, chapéu, luvas nas mãos e um revólver para ameaçar as funcionárias.
O trabalho de campo, de acordo com o inspetor da Polícia Civil, Guilherme Rodrigues, começou seguindo os passos do suspeito para cometer o crime e depois na sua fuga. Ele antecipa agradecimentos aos moradores que cederam imagens de câmeras de segurança que permitiram refazer o caminho do criminoso, que agiu sozinho e a pé e contou um pouco com a sorte.
Após cometer o assalto, o rapaz foi até o imóvel onde funcionava a sede do Conservatório Municipal, atualmente desabitado, localizado no bairro Jardim Brasil, trocou de roupas, escondeu o dinheiro e a arma de fogo e saiu caminhando pelas ruas da cidade. No decorrer do seu trajeto, o homem foi até o Pronto Atendimento Municipal (PAM), mas não a procura de atendimento médico. Ele chega à portaria e vai até o bebedouro e não encontra por copo. Ele vai até recepção, pede um copo à atendente, volta, bebe a água e sai. As imagens divulgadas não mostram, mas ele fica um tempo no ponto de ônibus em frente e depois vai embora.
O criminoso retorna ao antigo Conservatório, troca de roupas novamente pega o dinheiro e a arma, volta em direção ao PAM mais uma vez e desaparece das imagens. Depois que ele retira a máscara, ele usa bonés e anda sempre de cabeça baixa.
O delegado de Polícia Civil, Dr. Gustavo Gomes, acrescenta que as diligências foram exaustivas para apurar o crime. O que chama atenção das autoridades policiais é a ousadia dele, em realizar o assalto no Centro, no fim do expediente, ainda à luz do dia, chegando e voltando a pé, agindo sozinho, usando máscara e boné para tentar dificultar a sua identificação. O criminoso usava máscara de silicone no momento do assalto a loteria
O inquérito foi instaurado e já está instruído, porém, ainda não se tem informações de quem seja e de onde é o autor do assalto. Uma coisa é certa: o crime foi planejado. Diante disso, a Polícia Civil decidiu por solicitar judicialmente o afastamento do sigilo da imagem do investigado, tendo o Poder Judiciário autorizado amplamente a divulgação da sua foto para que a população ajude a identificar o assaltante. Dr. Gustavo acredita que ele pode não ser da cidade, se não as investigações já teriam chegado até ele. “Ele deve ser da região com alguma ligação na cidade. Por isso precisamos que a foto dele seja divulgada em todo Sul de Minas e Minas Gerais para localizarmos e prendermos o criminoso, evitando que ele haja novamente”, destacou o delegado.
A população agora tem papel importante – divulgar a imagem dele em massa nas redes sociais, em grupos de WhatsApp e de todas formas possíveis. Ele acredita que com a participação dos moradores se chegará o mais rápido possível até o investigado.
Dr. Gustavo explica que para denunciar não é preciso se identificar. O importante para a polícia é ter algo que possa ajudar na prisão do rapaz. As pessoas podem falar com os canais de denúncia da Polícia Civil (197) ou Militar (190) da sua cidade, através do Disque-Denúncia (181), reportando o caso ocorrido. Pode ser também através do WhatsApp da Inspetoria da Delegacia de Três Pontas (31) 99443-1122, ou pode também falar com um policial de sua confiança. Para a polícia não é preciso saber quem está denunciando e sim as informações que são guardadas no mais absoluto sigilo. O anonimato é garantido ao denunciante.