*Oposição cobrou ações imediatas da Assistência Social. Situação reconhece problemas, mas afirma que é preciso apoio dos órgãos para resolver
O Pequeno Expediente da sessão ordinária da Câmara Municipal desta segunda-feira (18), teve como ponto crucial a questão de homens e mulheres que ficam pedindo dinheiro para beber, até usar drogas no cruzamento da Avenida Oswaldo Cruz com a Rua Frei Caneca, bem no centro de Três Pontas. Alguns já estão lá a tanto tempo que dormem e ficam expostos ao sol e a chuva, diariamente.
Quem mais uma vez puxou o assunto, foi o peemedebista José Henrique Portugal. Dizendo estar inconformado com a situação deplorável, ele buscou ajuda, com o médico psiquiatra Dr. Marco Túlio Silva Neves, que se dispôs a atender e tratar daquelas pessoas. Portugal afirma que reconhece que elas tem o livre arbítrio, mas neste caso não é bem assim, já que na visão do parlamentar, elas estão se matando. Ele prometeu levar o problema ao conhecimento do Ministério Público (MP), incentivando a criação de uma Ação Civil Pública, para resolver o problema caso o Município não consiga solucionar. “São pessoas doentes, que precisam de cuidados”, justifica José Henrique.
Quem também concordou foi o vereador Antônio Carlos de Lima (PSD), que ironizou que a situação daqui a pouco pode virar uma epidemia, como a Dengue. Isto porque, a presença destas pessoas agora está também na Rua Barão da Boa Esperança e na Praça Prefeito Paulo de Paiva Loures, a Praça do Centenário. Para Antônio do Lázaro, não tem como não haver meio jurídico para retirar aquelas pessoas próximas ao semáforo.
Para Paulo Vitor da Silva (PP), é triste ver as condições que aquelas pessoas vivem, pior então é ver a omissão do Poder Público. A consequência é tão grande que as pessoas estão impedidas de passar por aquele trecho da Avenida, com a presença deles dia e noite.
Geraldo Messias (PDT), registrou o trabalho que é feito pela Secretaria de Assistência Social, mas reconhece que medidas precisam ser adotadas. Adicionou nas explanações que o Município tem sofrido com a falta de repasses do Governo Federal aos diversos programas sociais.
A vereadora Alessandra Sudério (PPS), partiu para o lado sentimental, opinou que a situação é de dar dó e as cenas protagonizadas por aqueles homens e mulheres são de machucar o coração. Ainda mais que a maioria tem família, casa própria, são de Três Pontas mas preferem viver na rua, por opção e se recusam a ser ajudados.
Sérgio Eugênio Silva (PPS), disse que é necessário apoio e porque não consultar a justiça. Reinterou que a Secretaria de Assistência Social, não tem sido omissa e cobrou que até agora, ninguém havia sugerido uma Audiência Pública, convocando autoridades para encontrar uma alternativa para ajudar os pedintes que tem se sustentado com a ajuda de alguns que passam por lá e acabando dando esmolas. Aliás, é assim que eles tem vivido.
Mesmo oposição, Itamar Antônio Diniz (PRTB), diz ser testemunho das ações desempenhadas pela Assistência e que foi ele o primeiro a trazer o tema a tona na Câmara. Por diversas vezes, Diniz diz ter visto os esforços de pastores, de igrejas que tem ajudando a tentar junto com a Prefeitura, encaminhar aquelas pessoas, mas terminou cobrando que é imprescindível algo emergente. Na visão dele, é preciso realizar uma reunião com os órgãos para debater o assunto de forma integrada.
EDUCAÇÃO – O vereador petista Chico Botrel ressaltou o início do cumprimento do Governo de Minas com os profissionais da educação. O governador Fernando Pimentel enviou à Assembleia Legislativa o projeto de lei que reajuste em 31,78% o salário dos professores até 2017. Botrel afirmou que o PSDB não cumpriu a promessa feita ao longo dos anos de governo tucano. Outro governador que enfrenta problemas é Beto Richa, também do PSDB que manda bater mas não resolve a questão salarial dos servidores da educação.
A QUESTÃO DOS CIDADÃOS EM SITUAÇÃO DE “MORADORES DE RUA” REQUER UMA AÇÃO MAIS AGUDA POR PARTE DAS AUTORIDADES DE NOSSA CIDADE (TRÊS PONTAS). ALGUNS DAQUELES QUE ALI ESTÃO, JÁ ESTIVERAM CONOSCO NA CASA PIETÁ E NÃO CONSEGUIMOS ÊXITO NA RECUPERAÇÃO DA DIGNIDADE DELES. MAS … NOS COLOCAMOS A DISPOSIÇÃO, SE NOS JULGAREM NECESSÁRIOS NESSA ÁRDUA MISSÃO.