A procura de pacientes com sintomas de Covid-19, no Pronto Atendimento Municipal (PAM) e na tenda, diminuiu entre 15% e 20% a uma semana. A queda também foi sentida um pouco também, mesmo que ainda de forma lenta e gradual, no número de solicitações e de internações.
De acordo com o médico chefe do PAM Dr. Lucas Erbst Marques, ainda não se pode afirmar que está diminuição será mantida, mas foi importante para conseguir melhorar ou manter a estrutura funcionando sem complicações. A procura por atendimento de pacientes graves com Covid-19 até poucos dias, se tivesse sido mantida a demanda comprometeria a estrutura. “A gente talvez não tivesse condição de atender a todos com a qualidade que atendemos”, acrescentou Dr. Lucas. Ele alerta que pode haver outros picos entre o Dia de Corpus Christi e o Dia dos Namorados, o que pode elevar novamente essa curva.
A informação é confirmada pelo professor de epidemiologia e orientador da pesquisa semanal da Universidade Federal de Alfenas (Unifal), Sinézio Inácio da Silva Júnior. Os dados apontam que Três Pontas registraram dados, que apontam entre estabilidade e diminuição de novos casos de Covid. Em termos de mortes, junto com Lavras apresenta diminuição na tendência de novas mortes.
No início desta semana, no entanto, em termos de internação assim como Poços de Caldas, Pouso Alegre, Itajubá, Alfenas e Três Corações, Três Pontas apresenta uma tendência de aumento e esse indicador de internações que mais tem chamado atenção e mais tem pressionado o sistema de saúde em termos de necessidade de atender essas emergências que são os casos que surgem dia a dia da Covid-19. Segundo o professor, existe uma observação no indicador de óbitos, que além dos mais idosos e também para outras faixas etárias, o ritmo de morte começa a diminuir, no entanto, o sul de Minas ainda está numa situação um pouco pior em relação ao Estado de Minas Gerais como um todo.
O coordenador da pesquisa, explica que a vacinação continua avançando bastante e mais do que nunca as pessoas precisam continuar com as medidas de prevenção, porque pelo menos por mais cerca de 4 meses, ainda haverá uma cobertura vacinal muito pequena, em relação pelo menos a primeira dose.
“É fundamental que a gente mantenha os cuidados de prevenção com uso de máscara, evitar as aglomerações também, porque essa doença é uma doença que se transmite pelo ar, sai o vírus pelas vias respiratórias e entra o vírus pelas vias respiratórias. É preciso a colaboração de todos para que a gente saia desse alto patamar em que estabilizamos de novos casos no dia a dia e o que a gente faz com que a gente pressiona o sistema de saúde e prejudica, inclusive, o atendimento de outras doenças, de outras condições de saúde. Sejam doenças crônicas, sejam emergências de pessoas que precisam de uma internação”, justificou. Ainda segundo ele, é necessário desafogar a pressão sobre o sistema hospitalar para que inclusive diminua o risco das internações por falta de um socorro e não por desatenção das equipes que estão fazendo um trabalho heroico.