Na 6ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Três Pontas, realizada nesta segunda-feira (08), o tema principal ficou por conta do temporal que assolou alguns bairros no município, na última sexta-feira (05).

A ausência da noite foi a do vereador, Antônio Carlos de Lima (PSD – Antônio do Lázaro), que foi justificada por problemas de saúde. Como ele é vice presidente, quem ocupou o segundo posto mais importante ad-hoc da Mesa Diretora foi Francisco Fabiano Diniz Júnior (PP – Popó). Sem nenhum projeto na pauta de votações, o Pequeno Expediente se estendeu.

Pequeno Expediente

Luciano Reis Diniz (PV) – Externou sua satisfação pelo reforço na saúde com a chegada de um médico na área de endoscopia. Saudou o time do “Bar da Nega”, que como ele, está sempre incentivando o esporte amador, além de solicitar o suporte da Prefeitura para os Socorristas Voluntários. O agradecimento foi ao secretário de Transportes e Obras Maquil dos Santos Silva Pereira, pela limpeza nas praças e também ao plantão do Conselho Tutelar que é tão valioso para o município e o trabalho feito pela Assistência Social quanto ao temporal da última sexta-feira.

O secretário da Mesa Diretora Luan Donizetti (PDT) – Externou condolências a colega de Câmara, Selena Caté e manifestou sobre os danos causados pela chuva, principalmente, pelo empenho de todos que ajudaram de alguma forma. Ele inclusive esteve no sábado no bairro Santa Maria e parabenizou a Secretária e ao diretor da Escola Municipal Nilda Rabello Reis – (Caic) Celso Vitor Fernandes Júnior, “Marrom”, que deu apoio às famílias que foram prejudicadas pelo temporal. De acordo com Luan, “Três Pontas mais uma vez se mostrou uma terra solidária e unida”.

Paulo Vitor da Silva (PP) – O vereador Paulinho, no sábado de manhã, entrou em contato com o presidente da Câmara, Maycon Machado, para falarem também sobre os estragos ocasionados pela chuva, principalmente na Rua José Nogueira de Rezende. Paulinho parabenizou “Marrom” pelo apoio além disso teceu observações acerca da velocidade no atendimento às famílias prejudicadas pela chuva. O parlamentar não tinha visto manifestação nenhuma por parte das autoridades públicas na manhã de sábado. Para o vereador, “bairro carente precisa da presença do setor público”. E disse mais, “a gente fica sem ação naquele momento”. Na opinião dele, a presença logo após a ocorrência da chuva, poderia ter sido amenizadora para a comunidade.

Sérgio Silva (Cidadania) – Serjão, lembrou da cobrança que fez semana passada referente ao matagal na Praça da Liberdade (Pracinha do Galo) e a limpeza já foi feita, acredita ele antes antes mesmo do ofício chegar. O vereador mencionou as condições que estão colocando o Parque Municipal Vale do Sol, como um espaço de lazer, mas demonstrou preocupação quantos ao carros e motos que estão transitando lá dentro do local.

Referente a chuva, o vereador disse que as pessoas ligam pedindo apoio e acabam ficando sem ação. “Não vou dizer que não deram atenção, mas pegaram a todos desprevenidos. É importante deixar uma equipe já preparada”, reconhecendo que o efetivo da Prefeitura é reduzido nessa área, mas orientou que em uma próxima vez, possa ser montado uma equipe que já saiba agir rapidamente, contudo, parabenizou a Assistência Social, ponderou Serjão.

Francisco Fabiano Diniz Júnior (PP) – Popó, começou sua fala sobre a chuva. Após o temporal no sábado, entrou em contato com seus colegas Paulinho e Maycon, procurando fazer o que estava em seus alcances. Disse que é difícil prever um incidente da natureza como esse e que a Prefeitura está dando suporte.

Também falou da volta as aulas, e recriminou os comentários daqueles que estão dizendo que os professores estão na “mamata”, ganhando sem trabalhar. Na visão dele, que também é professor, os profissionais tiveram que se reiventarem, lidando com situações inéditas e novas ferramentas. Para concluir, Popó acrescentou que as aulas presenciais devem voltar com o máximo de cuidado possível, alertou inclusive o exemplo de uma escola da cidade de Campinas (SP), que retornou e em poucos dias os casos de Covid-19 explodiram.

Geraldo José Prado (PSD) – Coelho do Bar também abordou o temporal durante seu tempo no Pequeno Expediente. Ele revelou ter conversado com o prefeito Marcelo Chaves que prometeu dar todo apoio, como ocorreu, e isto lhe dá tranquilidade. Coelho esteve no bairro Santa Maria e verificou que as perdas foram materiais, entende o desespero, mas as pessoas precisam se acalmarem, pois não aconteceu o pior, se referindo a morte. O parlamentar mencionou que a Prefeitura tem dinheiro, conta com apoio de doações que são sempre bem vindas e que a política já acabou, fazendo menção a campanha política e as postagens de cunho político, segundo ele, feitas aproveitando da situação. Terminou seu tempo no microfone, cobrando dos donos de propriedades que deixem a Prefeitura fazer o necessário para amenizar os danos causados pela chuva nas estradas rurais, no que se refere a evasão de água.

Roberto Donizetti Cardoso (DEM) –  Robertinho comentou que recebeu da Prefeitura o projeto da obra de asfaltamento do Foguetinho e mesmo assim solicitou um ofício, com a finalidade de saber quem está fiscalizando a obra e é o responsávelda Prefeitura pela sua execução. O vereador acredita que a fiscalização é um meio de se averiguar o andamento da obra e avaliou que o aterro feito neste momento é muito alto e o coração da obra é a drenagem e a compactação.

Encerrando o Pequeno Expediente, o presidente Maycon Douglas Vitor Machado (PDT), concordou com os colegas em relação a preocupação com as consequências que o temporal trouxe às famílias. Ele foi enfático que o que o poder público puder fazer será feito, para resolver os problemas o mais rápido possível e que dá próxima vez, espera que haja um plano de contingência para que a atuação seja mais rápida e precisa. Maycon reforçou que a população pode contar com a cobrança dos vereadores e do serviço prestado tanto pelas secretarias, quanto pelo prefeito.

Maycon insistiu mais uma vez quanto ao descarte do lixo, indicando que as campanhas que são feitas acenam para a conscientização dos moradores, colocando o lixo na rua de forma correta e o horário que o caminhão da coleta passa. Solicitou ao Executivo, um estudo sobre um espaço que tem no bairro Vila Marília, onde já foram feitas várias reclamações, pois ele está ocioso e pode ser utilizado para o bem de quem reside nas imediações.

Secretária de Assistência Social fala do apoio aos atingidos pela chuva

Cidalia falou durante 15 minutos na Tribuna com os vereadores

Ainda seguindo o assunto principal da sessão, à secretária Municipal de Assistência Social, da Criança e do Adolescente, Aparecida Maria Chaves Garcia que acompanhava a reunião no Plenário Presidente Tancredo de Almeida Neves, foi até a Tribuna sanar dúvidas no que se refere o atendimento das famílias prejudicadas pela forte chuva. “Cidalia”, utilizou a Tribuna em um discurso de 15 minutos, bastante objetivo e esclarecedor.

A secretária disse que recebeu um pedido do presidente da Câmara Maycon Machado, e logo deslocou uma equipe com duas psicólogas, duas assistentes sociais e pediu que a equipe fizesse toda a operação no bairro Santa Maria. A Prefeitura disponibilizou colchões e cobertores e cadastrou 27 famílias atingidas. Todas elas foram visitadas pela Secretaria e convidadas a estarem de manhãzinha nesta segunda-feira, na Casa da Família, que fica na Mina do Padre Victor. A ida deles é para que se faça a avaliação psicossocial para ver o que realmente eles estão precisando. Para a sua surpresa dela e da equipe, foram apenas cerca de 10 famílias. Cidalia solicitou em forma de apelo, que os vereadores incentivem essas famílias a procurarem o CRAS, que é a Casa da Família. Lá, acrescentou que eles as vezes não querem se expor, mas não é feito interrogatório e investigação da vida de ninguém, mas as pessoas preferem ganhar algo e não falar nada da vida deles, porque as vezes em casa tem usuário de drogas e outros problemas que eles não querem dizer.

A secretária menciona isto, para informar que a Assistência Social trabalha com a política do Sistema Único de Assistência Social (Suas), que é fiscalizada através de lei e prestado contas ao Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais. “Não é como antigamente que as pessoas diziam que iam na Assistência ganhar uma coisa. Na Secretaria é dado apoio para quem realmente necessita e está precisando. O levantamento que é feito, é para identificar se atrás de um benefício gradual, não existe um problema de saúde ou psicológico, ou a necessidade de encaminhamento ao CAPS ou outros serviços de saúde, por exemplo”, orientou. Por isso, Cidalia, pediu que os vereadores que são procurados para darem ajuda a quem precisa, incentivem às pessoas procurarem o CRAS que é a porta de entrada. “Então, vocês fiquem tranquilos que nós já estamos providenciando tudo que essas famílias possam estar precisando. Assim que eu recebi o telefonema do Maycon a gente já começou esse trabalho. Nós estamos pensando juntamente com o secretário de Obras Maquil Pereira, em uma estratégia que existia antigamente da Defesa Civil. Estamos planejando em uma forma de montar uma equipe rapidamente, porque a gente não sabe se vai ter chuva daqui 15 dias, uma semana. Nós aprendemos muito com essa chuva que nós não estávamos esperando”, explicou a secretária. Ela continuou dizendo que vai ser disponibilizado em breve um telefone para as pessoas terem apoio em um momento como este da chuva de sexta-feira, empenhando uma equipe especializada, tanto de Obras, quanto da Assistência social, no caso de situações de emergências calamitosas.

A secretária de Assistência Social Cidalia, terminou colocando a pasta a disposição e respondeu ao questionamento do vereador Robertinho na última sessão sobre o atendimento feito na Casa Lar, que está em um novo local, bastante amplo, que oferece mais condições de amparo as crianças que são afastadas dos seus lares. Ela demonstrou em sua fala, um carinho especial com este serviço oferecido e mencionou as dificuldades enfrentadas pela equipe que atua por lá diariamente.

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