

O Festival Canto Aberto 2025 encerrou sua edição com chave de ouro na madrugada deste domingo (06), consolidando-se como um dos maiores festivais de música do país. Após revelar os vencedores das etapas estudantil, local e nacional, o evento reafirma seu prestígio ao atrair talentos de todas as regiões do Brasil — teve gente que enfrentou até três dias de viagem de ônibus para chegar à Capital da Fé, da Música e do Café.
Mesmo com as madrugadas geladas que marcaram os dias de festival, o que se viu foi um compromisso inabalável dos participantes, determinados não apenas a conquistar parte dos R$ 90 mil em prêmios e os cobiçados troféus, mas também a deixar sua marca diante de um público apaixonado por arte, em uma terra que pulsa música por todos os cantos — berço de Milton Nascimento, Wagner Tiso e tantos outros nomes que fazem da cidade um celeiro de talentos.
E foi nesse clima mágico que o encerramento da festa ganhou ainda mais brilho com o show de João Ramalho. O filho de Zé Ramalho mostrou que musicalidade é herança e vocação. Em cima do palco, provou que seu talento vai muito além da genética — com carisma e uma entrega envolvente, emocionou o público ao transitar com naturalidade da MPB ao pop rock, com destaque para canções imortalizadas por seu pai.
Com um timbre de voz que lembra Zé Ramalho, João não se limita à comparação: tem identidade própria, presença cênica e uma maturidade musical que encantou a todos. Em seu repertório, além dos sucessos do pai, prestou homenagem ao padrinho Raimundo Wagner ao interpretar a clássica “Borbulhas de Amor”, embalando casais apaixonados que resistiam ao frio na Praça Cônego Victor.
Após o show, João Ramalho atendeu a imprensa e revelou ter ficado impressionado com a qualidade artística dos concorrentes. Do camarim, enquanto se preparava para a apresentação, escutava com atenção o alto nível das performances da final, tanto na etapa local quanto na nacional. Esta foi sua quarta passagem por Três Pontas, mas a primeira diante de um grande público na terra de Bituca — a quem ele prometeu homenagear em breve com uma canção no repertório.
Foi uma noite inesquecível, que encerrou de forma apoteótica um festival já histórico.
