Um servente de pedreiro de 48 anos, foi preso durante a tarde desta quarta-feira (13), enquanto trabalhava em uma obra, na Avenida Prefeito Nilson Vilela, no bairro Esperança em Três Pontas.
De acordo com a Polícia Civil, o rapaz foi condenado a 21 anos de prisão, em regime fechado, pelo estupro cometido contra sua sobrinha, uma criança que na época tinha 4 anos de idade e morava no bairro Jardim das Esmeraldas. O caso foi em 2022 e o mandado de prisão foi expedido pelo Poder Judiciário e cumprido pelos investigadores.
Segundo o delegado Dr. Gustavo Gomes, o tio estaria brincando com duas sobrinhas na casa irmã, e teria aproveitado disso, para abusar da menina. O caso só foi descoberto dias depois, enquanto a mãe dava banho na vítima e ela revelou o abusou que havia sofrido.
O inquérito policial foi aberto, uma investigação complexa, com diligências foram realizadas, depoimentos foram colhidos e provas robustas foram levantadas, capazes de provar que o tio abusou sexualmente da sobrinha. “Nós trabalhamos com o máximo de cuidado, inclusive nos depoimentos da criança por causa da idade, mas conseguimos mostrar ao Poder Judiciário e responsabilizá-lo”, afirmou o delegado.
A notícia da condenação e da prisão do rapaz, serve para mostrar à população que os trâmites nem sempre acontecem de forma célere como as pessoas gostariam, mas as responsabilizações chegam e com uma pena excelente.
Neste caso especificamente, a condenação não foi apenas pelo fato, mas também por ele já ter respondido e sido condenado anteriormente a este mesmo crime. “Fizemos todo o trâmite. Ele foi investigado, provamos sua responsabilidade, ele está sendo preso novamente e vai para o Presídio novamente”, detalhou.
Dr. Gustavo traz a tona que a demanda de apuração por crimes sexuais tem aumentado bastante na cidade. Em regra, existe uma relação de afetividade entre autor e as vítimas – como pai, avô, tio, familiares, vizinhos e mais raro com mulheres, mas acontece.
A orientação dele, é que a denúncia de fato precisa acontecer. As pessoas precisam confiar no que as crianças dizem, levar ao conhecimento da polícia, do Conselho Tutelar, porque existe uma rede preparada para tratar deste crime, dos mais graves, de forma adequada, preservando a identidade da vítima sempre.
No momento da sua prisão ele negou o crime. Na Delegacia, a polícia formalizou o cumprimento do mandado de prisão e ele foi entregue ao Presídio Rita de Cássia Luz, onde deverá cumprir a pena imposta.