Por Marcos Venício de Mesquita – Advogado
Fazendo uma comparação dos dias atuais, com os dias de 40 anos atrás, temos a convicção de que as pessoas hoje vivem muito mais. A idade ou tempo de vida do brasileiro hoje é de 70 anos (na média), anos atrás era de 55 a 60 anos.
O que mudou?
O brasileiro passou a se preocupar mais com a saúde, passou a frequentar mais os consultórios médicos nas mais diferentes especialidades passaram a se exercitar mais, tanto é verdade a quantidade de empresas de convênios médicos e academia de ginasticas que vemos por ai. E isto tudo ocorre em razão de diversas companhas do ministério da saúde conscientizando a população da importância da prevenção.
Mas o que tem isto a ver com a advocacia?
Valorização. Nem sempre o advogado é valorizado pelas pessoas em geral e, às vezes, até pelos próprios consultores jurídicos: a opinião profissional. E a analogia com o médico e a medicina permite que pensemos uma das questões mais importantes para o exercício da advocacia: o papel da prevenção.
Nos dias que correm, é, mais ou menos, lugar comum a ideia de que as pessoas (especialmente a partir de uma certa idade) devem consultar um médico regularmente. Mesmo como rotina, como se diz, essas consultas podem evitar danos maiores, podem detectar doenças e até casos graves como o câncer, uma vez descoberto no inicio, muitas vezes há boas chances de cura. E ainda que esse controle preventivo não seja feito por todos, atualmente, são milhares que o fazem.
Com a advocacia, haveria de se dar o mesmo. É verdade que as pessoas jurídicas se utilizam regularmente, de forma preventiva, dos serviços jurídicos, mas o mesmo não se da de forma generalizada com as pessoas físicas. Estas buscam esses serviços como “pronto socorro ou internação de urgência”, depois que o problema surge. Seria muito bom que essa cultura fosse modificada, pois o trabalho do advogado é fundamental sempre; e se fosse buscado de forma preventiva, certamente muitos problemas seriam evitados. Fazer economia, evitando conversar com um advogado não é uma boa estratégia.
Fica, pois, aqui também minha homenagem ao Dia do Advogado que ocorreu esse mês, na esperança de que, cada vez mais, as pessoas valorizem a consulta jurídica.
Fonte: Jusbrasil.com.br – Luiz Fernando Pereira / Consultoria e Assessoria Jurídica Rizzato Nunes, Desembargador aposentado do TJ/SP- Professor de Direito do Consumidor