Por Loui Jordan
No último sábado (06) o asteroide Apophis passou próximo à Terra, mais ou menos a uma distância de 17 milhões de quilômetros, mesmo assim isso foi o suficiente para deixar alguns cientistas pensativos, para não dizer preocupados. Descoberto em 2004, o asteroide 99942 Apophis, oficialmente assim considerado, foi centro de muitos estudos, os mais antigos apontavam que ele iria colidir com nosso planeta, as análises mais recentes afirmam que essa hipótese está cada vez mais distante, no entanto, a precaução é grande, principalmente voltado para uma espécie de defesa planetária caso futuramente o asteroide venha colidir com o planeta azul.
Bem, vamos para algumas informações importantes. O Apophis tem cerca de 370 metros de diâmetro e 450 metros de comprimento, se calcularmos sua energia em uma possível colisão com a Terra, seria equivalente a mais de 50 mil bombas de Hiroshima, ou seja, por mais que previsões acenem para possibilidades remotas, é melhor prevenir do que remediar, afinal de contas, se um evento trágico desse acontecesse causaria muito estrago.
Dito essa informação, vamos a segunda que é tão importante quanto a primeira. Desde 2004 quando foi descoberto, este asteroide tem sido muito estudado, inclusive já tem até data para a próxima passagem, 13 de abril de 2029, quando o Apophis ficará a 31 mil km de distância da Terra. Isto posto, além dos cálculos indicarem chances extremamente pequenas, o ano de 2068 chama a atenção, isso porque existe uma maior chance de colisão com o nosso mundo nesse ano citado, embora seja válido ressaltar, estudos são feitos a todo tempo e cada vez mais as possibilidades de colisão se diminuem, mas isso pode mudar, a ciência e a vida são assim.
Com essas informações, fica nítido que o evento programado para a noite de sexta-feira, dia 05, mas que aconteceu no dia 06, não foi apenas um evento de curiosidade para a astronomia, se tratou de um sinal importante para o futuro, sinal esse que sinaliza para uma cautela maior com futuras passagens desse asteroide próximo a Terra. Alguns cientistas planetários estão em alerta, visando estudar mais afundo o Apophis e principalmente, planejar como evitar um possível choque entre o asteroide e o nosso planeta.
A criação de um sistema de defesa planetária que investigue e crie procedimentos para barrar ou minimizar possíveis colisões, sejam elas de qualquer tipo, é o caminho mais lúcido. Por mais que se possa imaginar que dificilmente isso virá a acontecer, estar preparado é melhor do que acontecer e não estar precavido, ainda mais em uma área em que muitas informações são colocadas na gaveta.