A Secretaria Municipal de Cultura, Lazer e Turismo realizou, na tarde deste domingo (05), o 1º Encontro de Violeiros de Três Pontas, reunindo artistas de várias cidades da região em um grande tributo à tradição e à identidade da música caipira. O evento, que aconteceu em frente ao Sambódromo Jaime Abreu, contou com apresentações de duplas, trios e grupos, celebrando a sonoridade da viola caipira, símbolo marcante da cultura popular brasileira.

Com a apresentação do radialista João Batista Martimiano, o público se abrigou sob as tendas para acompanhar as modas de viola, que ecoaram cheias de sentimento e história. A estrutura montada ofereceu conforto e segurança aos presentes, com sanitários instalados na avenida e distribuição de água pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto. Entre os participantes, estiveram o vice-prefeito e secretário de Cultura, Maycon Machado, e o presidente da Câmara, vereador Myller Bueno, que destacaram a importância de valorizar e fortalecer as manifestações culturais locais, promovendo o resgate das tradições que moldam a identidade de Três Pontas e de Minas Gerais.

Durante o encontro, foi lembrado o nome do saudoso radialista Ruy Quintão – um dos maiores incentivadores da música sertaneja raiz na região. Sua paixão pela viola e pelo artista popular inspirou gerações e manteve viva a essência da moda de viola mineira.

O evento, que era um antigo pedido da comunidade e dos próprios violeiros, retorna após um longo intervalo — desde 2008 — e já foi confirmado para integrar o calendário cultural do município, com previsão de nova edição em maio do próximo ano. A notícia foi recebida com entusiasmo pelos artistas, que por muitos anos enfrentaram dificuldades para organizar apresentações por conta dos altos custos.

O Encontro de Violeiros de Três Pontas reafirma a importância da viola caipira como expressão autêntica da cultura brasileira, fortalecendo o sentimento de pertencimento e o respeito às raízes do povo mineiro. Em 2018, as Linguagens e Expressões Musicais da Viola em Minas Gerais foram reconhecidas como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado, através do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA/MG). Esse reconhecimento simboliza o compromisso de preservar e difundir uma das mais ricas tradições musicais do país.

Mais do que um evento, o Encontro representa um reencontro com as origens, um gesto de resistência cultural que reforça o papel da viola como ponte entre o passado e o presente — ecoando nas cordas o orgulho e a identidade do povo mineiro.

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