Em audiência pública na Câmara Municipal de Boa Esperança, vereadores e donos de autoescolas reivindicaram nesta segunda-feira (6) que os exames de legislação para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) sejam mantidos na cidade.
A reunião foi realizada pela Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), dada a preocupação com a transferência dos exames de Boa Esperança para a cidade vizinha de Varginha, a 68 km, anunciada em ofício do governo estadual datado de 22 de agosto.
Diante de mobilização local contra a medida, em 2 de setembro novo ofício informou que a mudança seria adiada até segunda ordem, mantendo as preocupações por sugerir que se trataria de uma medida provisória.
Diante das dúvidas e protestos, o representante da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), Felipe Forjaz de Lacerda, garantiu na audiência que as provas vão continuar definitivamente em Boa Esperança.
Sobre críticas à mudança, ele justificou que a decisão inicial de transferir os exames de Boa Esperança e de cidades vizinhas, como Coqueiral, para Varginha ocorreu em função de um projeto estratégico do Estado voltado para a digitalização das provas e o fim dos testes em papel.
Isso porque Varginha, ao contrário de Boa Esperança, possui uma UAI – Unidade de Atendimento Integrado, que concentra serviços ao cidadão e onde os exames já são realizados de forma digital.
Conforme defendeu, o formato digital de provas já alcança 74% dos candidatos à habilitação em Minas Gerais, sendo mais transparente, seguro, auditável e célere, permitindo resultados quase imediatos.
“Mas nesse caso de Boa Esperança houve um problema crítico, de falha e erro na comunicação, já anunciando a mudança de cara”, admitiu.
Após o recuo, ele disse que as provas em Boa Esperança continuarão sendo feitas em papel num primeiro momento; num futuro próximo, serão totalmente digitais, quando for viabilizado no município um posto avançado da UAI.
Conforme dimensionou, seria necessário para esse posto apenas uma ou duas salas onde os candidatos pudessem fazer as provas digitalmente, mas um possível dificultador seria a disponibilização de um imóvel para tal na cidade.
