Segundo os integrantes da reunião, principal problema é o efetivo da PM que é pequeno na cidade
Depois de vários assaltos registrados recentemente em Santana da Vargem, comerciantes, gerentes das agências bancárias, casa lotérica, Policia Militar, Associação Comercial e Prefeitura se reuniram na tarde de desta segunda-feira (17) no gabinete do prefeito Vitor Elói (PT), para discutir soluções para este assunto que vem apavorando os moradores.
O presidente da Associação Comercial de Santana da Vargem (ACAPS), Everson Cleber de Oliveira contou que algumas reivindicações já foram feitas pela entidade no passado como a criação da Guarda Civil Municipal (GCM), mesmo sabendo que a corporação tem a finalidade de proteger o bem público, entre outras reivindicações.
Para os representantes das agências a PM precisa de reforço em dias úteis de pagamentos do INSS e Prefeitura. Outros comentaram também sobre a criação do Conselho Municipal de Segurança Pública (Consep). A alegação é que os crimes estão migrando dos grandes centros, chegando as cidades de pequeno porte.
O proprietário da casa lotérica Walter Rodrigues acha que o prefeito deve encabeçar um abaixo assinado, junto a prefeitos da região, enviando ao Congresso Nacional mudanças no Código Penal, principalmente no que se refere ao menor infrator e penas mais severas a determinados tipos de crimes.
O comandante do Destacamento de Polícia Militar de Santana da Vargem Sargento Marco Vinício Faria disse que a equipe tem feito de tudo para garantir a segurança dos vargenses, porém o efetivo é pequeno. “O patrulhamento é feito constantemente na área central e quando é acionada sempre vai ao local, verifica situações e pessoas suspeitas, inclusive são detidas se houver irregularidades”, acrescentou Faria.
O comandante da 151º Companhia de Polícia Militar de Três Pontas que abrange Santana da Vargem, Tenente Bruno Neves Tavares revelou que as pessoas presas em assaltos e roubos são indivíduos que praticam crimes na região, nas cidades de Boa Esperança, Campos Gerais e Coqueiral. Em praticamente todos os casos há uma resposta da polícia, que faz a prisão, porém, há casos em que envolvem menores e outros são beneficiados pela justiça, soltos após cinco dias. “A criminalidade realmente cresceu, mas com pessoas que vem de fora, por isto intensificamos ações preventivas”, garantiu Bruno Neves.
O prefeito Vitor Elói ressaltou que tem sempre apoiado a polícia na sua estrutura, mesmo sendo uma obrigação do Estado. A reivindicação do gestor é que o efetivo seja maior na cidade. De início apresentou duas propostas na reunião. A instalação de câmeras de segurança e a criação da Guarda Municipal. Uma empresa já está confeccionando um projeto para viabilizar a instalação dos equipamentos em pontos estratégicos e nos trevos de acesso às rodovias. A medida vai minimizar os problemas gerados, mas será preciso o apoio do comércio. “A prefeitura entra com o projeto e a estrutura. A manutenção seria feita com o apoio dos estabelecimentos comerciais”, propõe Vitor Elói.
Ainda participaram o sub comandante da Companhia Antônio Marcos de Oliveira, o gerente do Banco do Brasil, Paulo Waygne Abreu Filho, Adriana Vitar da Silva gerente do Sicoob, da lotérica Maria Aparecida de Oliveira, os secretários de Administração Tarcísio Walkimar Batista e Geovane Egídio da Silva, Administração e Fazenda, respectivamente.
Uma nova reunião já foi marcada para após o Carnaval, quando serão levantadas mais demandas.