Grande parte dos servidores da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), deixaram suas funções durante a tarde desta terça-feira (07), para abraçarem as atividades do Dia Mundial de Saúde, celebrado todos anos desde 1948, pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A cada ano é selecionado um tema que ressalta uma área prioritária de saúde pública. Três Pontas que vive uma epidemia de Dengue, escolheu a doença, para explorar como foco. Os profissionais das Vigilâncias Epidemiológica e Ambiental, conseguiram chamar a atenção de quem passava no centro da Cidade, quando todos foram chamados para o controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue e Febre Chikungunya. Novos números da doença mostraram que já são 525 notificados (casos suspeitos) e 89 confirmados. Uma morte já foi constatada e outra está sendo investigada. O crescimento acelerado dos casos foi a partir de março. Já foram notificados três vezes mais casos do que em todo o ano de 2014.
As crianças da Escola Cônego José Maria integraram as comemorações na Praça Tristão Nogueira e afinados, acompanhados de suas professoras compuseram até uma música alusiva ao mosquito que está picando e provocando mortes no Brasil inteiro. Lá, tendas montadas abrigaram serviços oferecidos gratuitamente, como aferição da pressão arterial, exame de glicemia capilar e orientações da saúde. Além dos agentes que se vestiram de mosquito e circularam entre as pessoas, uma lupa entomológica trazida por dois funcionários da Gerência Regional de Saúde (GRS), mostrou a larva do mosquito. A Associação Trespontana de Materiais Recicláveis (Atremar), disponibilizou catadores que mostraram também a importância de manter materiais recicláveis sem o acúmulo de água.
Uma caminhada de mobilização social, em um trajeto pequeno, mas suficiente para fazer barulho, chamar atenção e mais uma vez mostrar que a Dengue é responsabilidade de todos. Os Meninos da Vila acompanharam a caminhada, escoltados pela Guarda Civil Municipal (GCM) e o veículo do Estado que está realizando os fumacês.
O prefeito Paulo Luis Rabello (PPS) junto com o vice Érik dos Reis Roberto (PSDB), deram uma passada pela Praça da Fonte. O Chefe do Executivo disse que está satisfeito com o trabalho da Secretaria de Saúde e voltou a dizer que a situação não está como as pessoas pensam e andam dizendo. O número de casos suspeitos que é grande, não foram confirmados, o que é apenas constatado através de exame feito pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte, mas a Prefeitura, segundo o prefeito, através de várias secretarias tem trabalho para combater o mosquito de forma efetiva.
A Secretaria de Estado de Saúde inclusive já destinou para a realização dos fumacês um veículo, que agiliza o procedimento a cada local onde é registrado novo caso. A Secretaria de Transportes e Obras tem disponibilizado caçambas para a limpeza do quintal de residências e intensificado a manutenção em terrenos baldios.
Para o secretário de Saúde Hermógenes Vanelli (foto), é preciso transformar todos os cidadãos em agentes de endemias para que sejam eles os fiscais de suas próprias residências, em vigia 24 horas por dia, criando hábitos de verificarem locais que possam acumular água. “É muito mais fácil as pessoas fazerem isto todos os dias, do que esperar a visita dos agentes, que acontece uma vez a cada dois meses, como determina o Ministério da Saúde na prevenção a Dengue”, afirmou Vanelli. Ele alertou e fez um apelo, que o mosquito tem sido encontrado em cercas de bambus, em tampinhas de garrafas pet e até em pés de bananeiras. A primeira vítima é sempre alguém da própria casa. “Não é ação política ou partidária que vai acabar com esta praga que está no Brasil inteiro”, considera.
A Secretaria Municipal de Saúde tem trabalhado em ações preventivas e buscando medidas para estar preparada, caso a situação piore. Ao Estado já foi solicitado, medicamentos como soros fisiológicos para reidratação, dipirona e paracetamol e também insumos para melhorar a assistência aos pacientes que estão com suspeita da doença.
Uma medida mais drástica é a criação de uma área específica para atender somente os casos suspeitos e confirmados de Dengue, retirando assim estes pacientes do Pronto Atendimento Municipal (PAM), que desde o início da epidemia está superlotado. A intenção é usar a ala psiquiátrica construída no mandato passado no Hospital São Francisco de Assis. O prédio anexo a Santa Casa, já foi inaugurado, mas não aberto para a sua finalidade. Hermógenes Vanelli é cauteloso e disse que a Procuradoria está procurando medidas jurídicas para que isto aconteça, mesmo porque, o prédio não foi construído para esta finalidade.
A prioridade é conscientizar a população, diminuindo as dificuldades que as vigilâncias vem enfrentando com as casas fechadas e com às pessoas que recusam receber os agentes, que são 10 ao todo. Todos passaram por um processo seletivo, receberam formação para atuarem e seus salários de acordo com uma lei federal e o número de agentes, é uma determinação do Governo Federal que o Município cumpre e não por vontade do secretário ou do prefeito.
Quando a população foi chamada a economizar água e reaproveitar tudo o que podia, é preciso saber armazenar corretamente, evitando deixar o recipiente destampado. A recomendação é comprar redes ou telinhas que evitam que o mosquito chegue na água guardada. “É preciso fazer uma economia com responsabilidade e não fazer uma troca injusta. Não adianta guardar a água de qualquer maneira e contrair a Dengue, que o custo será bem maior”, reforça.
De olho na lupa entomológica disponibilizada pela GRS, estudantes conheceram a larva do mosquito
População contou com serviços de saúde, de graça, oferecidos na Praça da Fonte
Parabéns!!Ótima iniciativa..
muito legal a iniciativa da secretaria de saúde,
prazer trabalhar com vcs…