A programação religiosa da 119ª Festa do Beato Padre Victor, foi aberta oficialmente na noite da última sexta-feira (13). Uma missa solene no Carmelo São José, presidida pelo pároco e reitor do Santuário de Nossa Senhora D’Ajuda, Cônego Douglas Baroni.
Durante a sua homília, o sacerdote pregou que todos nós devemos nos espelhar na vida do Beato Padre Victor, marcada pela lisura, transparência, pela fecundidade do amor ao Senhor. “Todos somos pobres pecadores, limitados ao fracasso, à fragilidade humana. Não podemos hora nenhuma levantar um comentário alheio ao outro. Dizer coisas infundadas do irmão, é preciso amá-lo indistintamente, se esforçar no cultivo do amor, assim como fez o Anjo Tutelar de Três Pontas, refletiu Cônego Douglas.
A celebração antecedeu a uma grande carreata que percorreu, ruas e avenidas da cidade, passando de frente a todas as paróquias do Município. Com casas e estabelecimentos comerciais decorados com as cores branca e amarela, famílias também montaram altares na calçada e reverenciam, quando a imagem e a relíquia passaram.
Ao longo do trajeto, alimentos e cestas básicas doados pelos devotos foram recolhidos. As doações irão para a Pastoral Social que colabora com famílias em vulnerabilidade social o ano todo, um gesto que foi um grande símbolo de Padre Victor: a generosidade.
Quando a carreata chegou ao seu destino final, a Praça Cônego Victor, em frente a Matriz, Cônego Douglas abençoou os veículos que participaram, aspergindo com água. Os participantes ainda puderam levar para casa, as flores que decoraram o caminhão onde estavam a imagem de Padre Victor e o sacerdote com a relíquia.
Já na manhã deste domingo (15), a tradicional da Romaria dos Cavaleiros e Amazonas se repetiu por mais um ano. Organizado pela Paróquia Nossa Senhora Aparecida, o evento é uma forma de valorizar a participação de quem gosta de animais e utilizam deles como meio de transporte, que na época era o meio de locomoação, para irem até a Capela do Padre Victor, na Faxina.
A história conta que Padre Victor evangelizava naquela região rural e parava onde foi construída a Capela para fazer suas orações, sempre montado em um cavalo. Com botina nos pés, cavaleiros e amazonas de todas as idades pararam em torno da Praça d’Aparecida e participaram das orações e das bençãos proferidas pelo paróco, padre Alexandre Mancilha.
O trajeto na cidade é simples. Eles sobem a Rua Cônego José Maria até chegar na Avenida Ipiranga e vão em direção a Faxina. São 7 quilômetros percorridos debaixo de sol forte e com a imagem de Padre Victor a frente, sempre em oração, mantendo a espiritualidade montado no lombos dos animais.
Lá, no mesmo propósito de honrar e venerar o Beato Padre Victor, eles e elas participaram da missa celebrada do lado de fora da pequena Capela. No fim da manhã, todos retornaram às suas casas, seja em Três Pontas, na zona rural ou em cidades vizinhas que prestigiam e homenageiam o santo sacerdote negro, que busca a honra dos altares.