Por Loui Jordan
Em meio ao aceno para o retorno das aulas presenciais em formato híbrido, Minas Gerais sinaliza ótimos números no que diz respeito a famigerada Educação à distância, que agrada e desagrada gregos e troianos. Enquanto alguns acreditam que as aulas remotas são importantíssimas para o atual momento, outros acreditam que essa possibilidade foi importante e que hoje deve retornar aos poucos o formato “tradicional mesclado”, digamos assim. Bom, de qualquer forma, em pesquisa recente, o Estado de Minas pode-se considerar referência na educação à distância. Talvez isso possa acirrar o debate sobre o retorno às aulas presenciais, no entanto, não deixa de ser uma ótima notícia.
Sendo sucinto na questão do tal modo remoto de se aplicar educação escolar, segundo o Índice de Educação à Distância, divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), Minas Gerais é o 2º melhor no que concerne os estados do Brasil e o 3º no que concerne as unidades federativas da União. A nota obtida pelo Regime de Estudo não Presencial, que foi desenvolvido pelo Governo Estadual, através da Secretaria de Educação de Minas Gerais, (SEE/MG) foi de 5,83. Para se ter uma base, confira os desempenhos abaixo:
Melhores desempenhos:
Paraíba: 6
Distrito Federal: 5,88
Minas Gerais: 5,83
Nota da média nacional: 2,38
Através dos números é possível constatar que Minas Gerais trilhou muito bem seu caminho neste momento delicado, pelo menos na trilha da educação. Os profissionais da educação, que em boa parte se reinventaram, demonstraram ter qualidade com o novo cenário que lhes foi apresentado, mais do que isso, a tecnologia que já está presente no Estado, ajudou bastante. A maioria dos estados, por diversos motivos, não conseguiu oferecer aulas transmitidas pela TV, sendo que os mineiros em maio de 2020 já conseguiram esse feito.
Famoso entre o público escolar, o tal do PET (Plano de Estudos Tutorados), fez muita diferença. Metade dos estados, incluindo Minas, apostou em apostilas e planos de aula deste tipo, com essa semelhança, enquanto a outra metade não teve a mesma visão moderna e emergencial, também por uma série de fatores. A realidade é que a política bem pensada e trabalhada, como foi feita através desse Regime de Estudo não Presencial, foi definitivamente uma porta de entrada para soluções inteligentes e que pelos números, soluções frutíferas.
Em todos os fatores ou componentes, como queiram, que foram utilizados como critérios, Minas foi muito bem. Seja nos meios de transmissão, onde a tecnologia foi primordial, assim como no acessoa à informação, onde o ferramental utilizado foi didático e bem adaptado, além é claro da supervisão dos alunos e da boa gestão no atendimento aos ensinos (cobertura), seja o infantil, fundamental, médio e até mesmo a Educação de Jovens e Adultos (EJA), exclusivo das capitais.
Por fim, esse estudo que considerou as ferramentas de implementação durante boa parte da pandemia do novo Coronavírus, aprovou muito bem o estado mineiro porque as políticas educacionais adotadas, não foram tardias. Pelo contrário, na medida do possível, planejadas com cautela e estratégia, afinal de contas, se tratava de acionar um novo modelo que fosse capaz de proporcionar um diálogo entre professores, alunos e pais (ou responsáveis), erros aconteceram, o que é comum, mas os acertos e principalmente os êxitos, foram maiores. O modo presencial, é inegavelmente, na maioria das vezes, bem melhor, mas em momentos como esse, o “plano B” não foi apenas uma circunstância, mas sim um planejamento bem feito se comparado a outros estados do país.