A crise financeira fez com que a Prefeitura de Alfenas deixasse de prorrogar o contrato de trabalho de 180 funcionários temporários da educação. Profissionais como professores, monitores e supervisores do setor receberam a notícia nesta quinta-feira (15). Desde agosto do ano passado, 290 funcionários foram exonerados da prefeitura.
Na última semana, o prefeito Maurílio Peloso justificou que os cortes são para diminuir os gastos e ajudar a quitar as dívidas, que giram em torno de R$ 90 milhões. Outras medidas, como redução do expediente das repartições públicas, também foram adotadas para tentar colocar as contas em dia.
O secretário de Administração do município, Paulo Henrique Santos Pereira, informou que o cancelamento dos contratos faz parte de uma reestruturação na educação municipal.
“Não há outra alternartiva. As demandas são muitas e o município tem que pensar de forma adequada, os passos que são dados, tudo também em observação à lei de responsabilidade fiscal”, diz.
O setor mais afetado foi o da educação infantil. Os moradores de Alfenas temem que a medida afete a qualidade dos serviços. No entanto, o secretário afirma que o corte de funcionários não vai prejudicar os serviços oferecidos à população.
“Os cargos serão preenchidos por professores que já estavam na rede de ensino, mas que estavam exercendo funções administrativas”, afirma.
Mas o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Alfenas, Wagner Soares, acredita que a medida vai sobrecarregar os profissionais dos setores onde houve a redução do quadro.
“A população vai ser prejudicada e o próprio servidor também vai ser prejudicado porque vai se dobrar de trabalhar. A gente não apoia essa decisão do prefeito da reestruturação porque a gente pensa no concurso público e ele não acatou isso”, explica.
Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura de Alfenas, a atual administração estuda a possibilidade de realizar um concurso público para preencher as vagas. No entanto, ainda não há uma data prevista.
Fonte: G1 Sul de Minas