A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Três Pontas participou neste sábado (29) do Dia D – Minas Unida contra o Aedes aegypti, promovendo uma grande mobilização de prevenção na Praça Tristão Nogueira, a Praça da Fonte. Aproveitando o intenso movimento do comércio durante a Black Friday, a ação levou informação e conscientização à população antes do início do período chuvoso, quando o risco de proliferação do mosquito aumenta significativamente.

A coordenadora da Vigilância Ambiental da SMS, Sebastiana Aparecida da Silva, esteve à frente dos trabalhos e, junto de sua equipe, distribuiu panfletos educativos, conversou com moradores e apresentou materiais demonstrativos que explicam como o mosquito age e se reproduz. Os agentes de endemias reforçaram as orientações sobre cuidados essenciais para evitar a multiplicação do Aedes aegypti, transmissor da dengue e também de zika, chikungunya e febre amarela. Um carro de som percorreu as ruas do Centro, tocando uma música especialmente produzida para alertar sobre os perigos das doenças e incentivar ações preventivas.

Durante a mobilização, Sebastiana lembrou que a maior parte dos focos do mosquito está dentro das próprias residências e reforçou a importância da participação de cada morador no enfrentamento à dengue. Segundo ela, “cada cidadão tem que ter a consciência de cuidar bem de suas casas, do seu quintal, do local onde trabalha, não deixando nenhum objeto que acumule água e sirva de criadouro, para proliferação do mosquito, porque a prevenção baseia-se na eliminação do mosquito. Sem ele não tem risco de transmissão da doença”.

Ela explica que basta uma vistoria rápida semanal para impedir novos focos. Em apenas 10 minutos por semana, é possível verificar ralos, calhas, caixas d’água, garrafas, vasos e outros recipientes que possam acumular água parada. “Cada um precisa fazer a sua parte”, reforça.

Neste ano, a Vigilância Ambiental registrou 315 casos de dengue em Três Pontas e nenhum caso de zika, chikungunya ou febre amarela. Os números, considerados controlados, contrastam com o cenário de 2024, quando o município enfrentou uma epidemia que somou cerca de 10 mil casos confirmados. A meta da SMS é evitar completamente a ocorrência de surto ou epidemia em 2026.

Para isso, diversas ações vêm sendo adotadas. Uma delas é o mapeamento aéreo por drones, tecnologia utilizada desde o ano passado. A cada 15 dias, grandes áreas da cidade são monitoradas, permitindo identificar possíveis criadouros e direcionar o tratamento ou a eliminação dos focos com muito mais precisão.

Sebastiana destaca que o esforço da população continua sendo decisivo para manter a queda dos casos no município e em todo o estado. As equipes de saúde reforçam práticas simples, mas fundamentais, como tampar caixas d’água, limpar calhas, eliminar objetos que acumulam água, descartar recipientes corretamente e manter quintais sempre limpos. O período sazonal, que vai de outubro a maio, exige ainda mais atenção devido à combinação entre calor e chuvas — condições ideais para a reprodução do mosquito.

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