
Mesmo após o fim das celebrações pelos 120 anos de morte do Beato Padre Victor, Três Pontas continua recebendo fiéis e romeiros que mantêm viva a devoção ao sacerdote que marcou a história do município. No início da manhã deste sábado (27), a Equipe Positiva acompanhou a chegada de grupos de peregrinos que vieram a pé de cidades vizinhas, demonstrando fé, gratidão e perseverança.
Entre os visitantes estavam romeiros de Carmo da Cachoeira e Campos Gerais, que, logo ao chegar à Praça Cônego Victor, dirigiram-se ao Memorial Padre Victor. No espaço, além de momentos de oração, eles aproveitaram para adquirir lembranças religiosas ligadas ao Beato, reforçando o simbolismo da peregrinação.
Um dos destaques foi a história do casal de agricultores Túlio Sarto e Quênia Andreia Antônio Sarto, de Carmo da Cachoeira. Pelo quinto ano consecutivo, eles escolheram fazer o trajeto de 24 quilômetros a pé, seguindo pela estrada de terra que liga os municípios. A caminhada começou ainda de madrugada, às 3h20, e se estendeu até a chegada a Três Pontas. Para o casal, o sacrifício físico é uma forma de agradecer graças alcançadas e fortalecer a fé.
Assim como muitos devotos, eles preferem visitar a cidade fora das datas oficiais das grandes celebrações, quando o movimento é menor e a experiência pode ser vivida de maneira mais íntima e tranquila. “É diferente vir depois, com a cidade mais calma. Temos mais tempo para rezar e refletir”, contou Túlio.
Além da devoção religiosa, os Sarto também mantêm vínculos afetivos com Três Pontas, já que possuem familiares no município. Esse laço, somado à fé, reforça a ligação da família com a terra do Beato, que atrai, ano após ano, milhares de romeiros de várias partes do Brasil.
O movimento de peregrinos após o aniversário de morte de Padre Victor mostra que a devoção não se restringe às datas oficiais. A cada semana, novos grupos chegam, reafirmando a importância espiritual do Santuário Diocesano e da memória do Beato como um dos principais símbolos de fé de Minas Gerais.
