

*Penas somadas ultrapassam 211 anos de prisão; delegado apontado como líder recebeu 19 anos
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), núcleo Varginha, e da Promotoria de Justiça da Comarca de Elói Mendes, obteve a condenação de 15 pessoas envolvidas em um esquema criminoso instalado no Detran/MG, das cidades de Varginha e Elói Mendes. Entre os réus estão policiais civis e despachantes veiculares, sendo que o delegado apontado como líder recebeu pena de 19 anos e 1 mês de reclusão.
As penas aplicadas somam mais de 211 anos de prisão, além de multas que ultrapassam R$ 784 mil. Os condenados também deverão pagar indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 200 mil. A Justiça decretou ainda a perda dos cargos dos policiais civis envolvidos.
Relembre o caso
A investigação teve início em 2017 e culminou na deflagração da Operação Êxodo 23, em 5 de dezembro de 2019. Na ocasião, foram expedidos 16 mandados de prisão preventiva e 21 mandados de busca e apreensão nas cidades de Elói Mendes e Varginha.
A operação mobilizou um efetivo de 101 pessoas, incluindo 53 policiais militares, 23 policiais civis da Corregedoria, 8 promotores de Justiça e 17 servidores do Ministério Público, além de 25 viaturas.
O esquema consistia no pagamento de propina a policiais civis e servidores do Detran para fraudar vistorias veiculares, agilizar expedições de documentos e permitir emplacamentos e lacrações fora dos órgãos oficiais.
Condenação exemplar
Segundo a sentença, os condenados responderam por crimes de corrupção, falsidade ideológica, usurpação de função pública e prevaricação. Aqueles que colaboraram com as investigações tiveram suas penas reduzidas e não cumprirão regime fechado.
A decisão ainda cabe recurso tanto ao Ministério Público quanto às defesas dos sentenciados.
