

*Após novas fiscalizações, reincidência é confirmada: dois postos em Três Pontas apresentaram irregularidades e outros dois estavam fechados. Ele está preso no Presídio da cidade
A sequência de fiscalizações contra um empresário de 39 anos do setor de combustíveis, morador de Três Pontas, ganhou mais um capítulo nesta sexta-feira (08). Após ser preso em flagrante por reabrir ilegalmente um posto interditado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e vender combustível adulterado, novas inspeções resultaram no fechamento de outra unidade — desta vez, em Varginha.
De acordo com a fiscalização, no posto de Varginha foram encontradas as mesmas irregularidades registradas nas unidades de Três Pontas: gasolina adulterada com metanol — substância tóxica e proibida — e diesel S-10 fora das especificações exigidas. As amostras confirmaram que o combustível estava fora do padrão, levando à interdição imediata do estabelecimento.
Linha do tempo do caso
Janeiro de 2025 — Dois postos do mesmo grupo, em Três Pontas, são interditados pela ANP por comercializar combustíveis adulterados. Na ocasião, lacres foram removidos ilegalmente por funcionários.
Primeira interdição recente 6/08 — Um posto localizado na Avenida Oswaldo Cruz, em Três Pontas, é novamente interditado pela ANP após constatação de irregularidades.
Prisão em flagrante — 7/08 – O empresário é flagrado operando o posto mesmo interditado e vendendo combustível adulterado. A Polícia Civil confirma o flagrante e o conduz à delegacia.
Terceiro posto lacrado — Ainda em Três Pontas, fiscais inspecionam outra unidade, na Avenida Barão da Boa Esperança, e constatam gasolina com metanol e diesel fora do padrão. O local é interditado.
Encaminhamento ao Presídio — Após exame de corpo de delito, o empresário é levado ao Presídio de Três Pontas, onde aguarda decisão da Justiça.
Fechamento em Varginha — 8/08 – equipes de fiscalização se deslocam até a unidade do empresário em Varginha, onde encontram as mesmas irregularidades. O posto é lacrado.
O delegado responsável pelo caso, Dr. Guilherme Banterli, destacou a gravidade e a reincidência das infrações. Além do inquérito por crimes contra a ordem econômica, desobediência administrativa e infrações ambientais e fiscais, o empresário poderá receber multas que variam entre R$ 50 mil e R$ 5 milhões, aplicadas pela ANP.
Segundo Éder Oliveira, chefe do Núcleo Regional da ANP em Minas Gerais, “trata-se de um caso gravíssimo, com reincidência, desrespeito às ordens da agência e comercialização de combustíveis com riscos sérios à saúde pública, ao meio ambiente e ao consumidor”.