
O homem de 31 anos que confessou ter provocado três incêndios criminosos neste fim de semana — atingindo uma loja de materiais de construção, uma van e, posteriormente, um ônibus — segue preso no Presídio de Três Pontas. Ele será indiciado formalmente pelo crime de incêndio, cuja pena prevista no Código Penal é de 3 a 6 anos de reclusão. Considerando que os atos foram praticados separadamente, a pena poderá ser somada e, caso condenado pelos três delitos, ele pode enfrentar até 18 anos de prisão.
No entanto, o prosseguimento do inquérito dependerá agora de uma avaliação pericial. Segundo o delegado Dr. Gustavo Gomes, que está respondendo pela Delegacia de Três Pontas e conduz as investigações, o acusado será submetido a um exame de insanidade mental. A medida foi determinada diante do histórico psiquiátrico do homem, que já apresenta registros de distúrbios psicológicos. O laudo pericial poderá influenciar diretamente no andamento do processo e na eventual responsabilização penal, caso seja constatada a inimputabilidade penal por doença mental. O inquérito deverá ser concluído na próxima semana.
Incendiário é preso após confessar crimes; prejuízo passa de R$ 260 mil
Na manhã de segunda-feira (24), a Polícia Civil realizou uma perícia técnica na loja de materiais de construção incendiada em Três Pontas na madrugada de sábado (21). A ação teve como objetivo esclarecer a dinâmica do crime, identificar os meios utilizados, a origem do fogo e avaliar os danos ao imóvel, que foi completamente destruído. O local apresentava sinais de uso por pessoas em situação de rua.
O suspeito, um homem de 31 anos, foi preso pela Polícia Militar no mesmo dia, vestindo a camiseta usada no momento do crime e com a bermuda na mochila. Após inicialmente negar, ele confessou ter incendiado uma van aleatoriamente e, posteriormente, admitiu ter provocado o incêndio na loja. Alegou que entrou pelos fundos para “conhecer o local” e usou papel incendiado como iluminação, o que teria iniciado o fogo. A veracidade de sua confissão foi reforçada por detalhes específicos do imóvel, como a presença de uma maca, mencionada por ele e confirmada na perícia.
O prejuízo na loja foi estimado em R$ 200 mil. Já a van destruída, que havia sido recentemente vendida, gerou um prejuízo de R$ 60 mil e não tinha seguro. Além disso, o suspeito também tentou incendiar um ônibus com um coquetel molotov, mas foi impedido pelo dono do veículo.
Usuário de drogas e com antecedentes criminais, o homem foi levado à Delegacia de Três Pontas, passou por exame de corpo de delito e foi encaminhado ao Presídio, onde permanece à disposição da Justiça. A rápida resposta da Polícia Militar foi fundamental para evitar novos ataques e reforça o compromisso das autoridades com a segurança da população.
