A 28ª edição da Expocafé teve início às 8h desta terça-feira (27/05), em Três Pontas (MG), com grande presença de público. Mais de 160 estandes estão distribuídos em uma estrutura de mais de 1.000 metros, preparada para gerar conexões, fomentar parcerias e movimentar grandes negócios.

Considerada a maior feira de cafeicultura do Brasil, a Expocafé é organizada pela Cocatrel (Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Três Pontas), em parceria com a UFLA (Universidade Federal de Lavras) e a Prefeitura Municipal de Três Pontas.

A cerimônia de abertura reuniu autoridades políticas, lideranças do agronegócio e representantes da cafeicultura nacional, fortalecendo ainda mais o prestígio do evento. O local conta com estrutura tecnológica, como sinal de celular e rede móvel, facilitando a comunicação e os negócios durante a feira.

Segundo o presidente da Cocatrel, Jacques Fagundes Miari, a expectativa é movimentar cerca de R$ 750 milhões nos três dias de evento. “A Expocafé é uma feira voltada ao relacionamento, aos bons negócios e à capacitação do produtor. Neste primeiro dia, realizamos o 14º Simpósio de Mecanização da Lavoura Cafeeira. Nos próximos dias, abordaremos temas como sustentabilidade com práticas de agricultura regenerativa e um painel sobre os desafios impostos pelas mudanças climáticas”, afirmou.

Com programação até quinta-feira (29), a feira une conhecimento técnico, inovação tecnológica, responsabilidade ambiental e oportunidades de mercado. A organização convida todos os interessados a participarem e aproveitarem as novidades apresentadas.

A cerimônia oficial de abertura foi realizada por volta das 9h30 e contou com a presença de um público expressivo, além de diversas autoridades representando instituições ligadas ao agronegócio, à pesquisa, ao cooperativismo, ao setor financeiro e ao poder público. Participaram do evento o presidente da Cocatrel, Jacques Fagundes Miari; o vice-reitor da UFLA, Jackson Barbosa; o prefeito de Três Pontas, Luis Carlos da Silva; o presidente do Conselho Nacional do Café, Silas Brasileiro; o presidente da Coccamig, Marco Valério Brito; o diretor técnico da Emater, Gelson Soares Lemes; a presidente da Epamig, Nilda Soares; o deputado federal Diego Andrade; o deputado estadual Mauro Henrique Caixa; o chefe de gabinete da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), Rodrigo Carvalho Fernandes; a presidente do Conselho Administrativo da Sicoob Copersul, Sara Mesquita Tavares Nogueira; a gerente da agência Sicredi Três Pontas, Tatiane Sancho; a presidente da BSCA, Carmem Lúcia de Brito; e o diretor-presidente da Unimed Três Pontas, Dilson Lamaita Miranda.

Durante os pronunciamentos, o principal foco das autoridades foi a segurança no campo — uma preocupação crescente entre os produtores rurais, especialmente diante do atual cenário de valorização do café. Com os preços em alta, aumentam também os riscos de furtos e ações criminosas nas propriedades, o que reforça a necessidade de políticas públicas voltadas à proteção das áreas rurais. As lideranças destacaram a importância de ações integradas entre as instituições e o poder público para garantir tranquilidade e condições adequadas de trabalho ao homem do campo, reconhecendo o papel estratégico do agronegócio para a economia regional e nacional.

Circuito Nacional do Café

O deputado federal Diego Andrade, o prefeito Luisinho e o vice Maycon Machado no modelo de monumento que será colocado nos 51 municípios da Rota do Café

Além das discussões sobre segurança, foi apresentado o projeto de lei que transforma a Rota do Café em monumento nacional. A Rota do Café, trajeto histórico utilizado para o escoamento da produção cafeeira de Minas Gerais com destino ao Porto de Santos, em São Paulo, foi reconhecida como monumento nacional pela Lei 14.718/23, sancionada em 1º de novembro de 2023. A iniciativa visa preservar a riqueza cultural da produção cafeeira e contribuir para o resgate histórico da rota, que compreende o caminho que se inicia na BR-365, no município mineiro de Patrocínio, e passa por diversas cidades de Minas Gerais e São Paulo até chegar a Santos. O circuito reúne 51 municípios, todos reconhecidos pela grande ligação com a história e produção do Café.

O deputado federal Diego Andrade, autor do projeto, destacou que, durante todo o século 19 e parte do século 20, a rota era o caminho pelo qual os carregamentos de café mineiro passavam com destino ao litoral. Ele ressaltou que a medida busca preservar a riqueza cultural da produção cafeeira de Minas e contribuir para o resgate histórico da Rota do Café. Além disso, o deputado informou que pretende tornar a lei ainda mais inclusiva ao propor um outro projeto de lei para agregar todas as cidades que queiram ser citadas no caminho percorrido pelo café, visando atrair mais turistas para os municípios da região que farão parte da Rota.

A valorização da Rota do Café como monumento nacional representa um passo importante na preservação da história e cultura cafeeira do Brasil, além de impulsionar o turismo e o desenvolvimento regional nas cidades envolvidas. 

14º Simpósio de Mecanização da Lavoura Cafeeira

A tenda de eventos foi sede do 14º Simpósio de Mecanização da Lavoura Cafeeira. Confira a programação das palestras:

14h – Palestrante: Eng. Agrônomo Guy Carvalho – Consultor e Especialista em Café e Agronegócio
Tema: Avanços Tecnológicos no Sistema de Produção da Cafeicultura de Montanha

15h – Palestrante: Eng. Agrônomo André Reis – Tecnólogo em Cafeicultura Empresarial e Especialista em Gestão do Agronegócio
Tema: Plantio de Café na Montanha visando a Mecanização

16h – Palestrante: Prof. Dr. Fábio Moreira da Silva — Departamento de Engenharia /UFLA
Tema: Potencialidades e Desafios da Mecanização na Cafeicultura de Montanha

Expocafé 2025

Data: 27 a 29 de maio
Local: Aeroporto de Três Pontas – Avenida Ipiranga, 1804
De 8:00 as 17:00
Entrada franca

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here