Uma pena que a família esperava ser maior. Serão 24 anos, 6 meses e 23 dias que Jaciel Mateus de Paula, terá que cumprir pela morte do Rodrigo Sarto Lomonte de Oliveira. Ele foi condenado nesta quarta-feira (06) pelo Tribunal do Juri Popular, em Boa Esperança.

Na época, o condenado tinha 21 anos de idade e matou com tiros, o Sargento de 37, durante uma perseguição policial. A guarnição comandada pelo policial que era natural de Três Pontas, tentava recuperar uma motocicleta que havia sido furtada na cidade e iria ser usada para cometer um assalto a um posto de combustíveis.

A sessão de julgamento começou as 8 da manhã e foi bastante rápida. O Fórum recebeu familiares, amigos e policiais militares, entre eles a comandante do 24º Batalhão de Varginha, Tenente Coronel Bianca Grossi. A defesa diz que vai recorrer da decisão. O Juri terminou era por volta de 16:00 horas.

Na imagem, a moto furtada em Boa Esperança onde estavam os criminosos que mataram o Sargento Sarto. Foto: Arquivo

O crime foi em maio de 2020 e o caso ganhou repercussão em todo o Brasil. Segundo a Polícia Militar, Sarto estava em uma equipe que fazia um patrulhamento na Avenida Brasil, próximo à rodovia BR-265, quando viu uma motocicleta furtada. Os dois ocupantes não respeitaram o sinal de parada dos policiais e foram perseguidos até o bairro Populares.

No local, os dois homens caíram da moto e entraram em um matagal. Os policiais começaram às buscas à pé. O sargento não foi mais visto. Um dos colegas ouviu disparos de arma de fogo.

O policial ficou desaparecido por quase três horas. Após buscas dos demais militares, com ajuda de equipes de Varginha, Rodrigo foi encontrado inconsciente na vegetação, com um ferimento na cabeça.

Ele chegou a ser socorrido até o Pronto Socorro de Boa Esperança, mas morreu. Rodrigo foi sepultado em Varginha, com honras militares. Ele deixou a esposa e um filho na época com 10 anos.

Uma força tarefa com policiais, cães e aeronave de várias cidades, se empenharam para fazer a prisão dos dois criminosos em Cristais, onde a dupla morava. Três dias depois, um deles, Abner Santos foi atingido em uma troca de tiros. Ele chegou a ser socorrido para o Hospital de Campo Belo, mas não resistiu e morreu.

Aparato policial enorme foi usado para prender os assassinos de Sargento Sarto

Um dia depois, Jaciel Mateus de Paula se entregou na Delegacia de Polícia Civil de Boa Esperança. Ele confessou ter feito os disparos que mataram o sargento Rodrigo Sarto.

Abner e Jaciel haviam comprado a motocicleta por R$100 de criminosos que haviam a furtado um dia antes em Boa Esperança e teriam ido até a cidade para assaltar um posto de combustíveis, quando se depararam com a guarnição que estava o Sargento Sarto. A perseguição ocorreu por várias ruas do Centro e alguns bairros, inclusive na contramão. Os disparos que atingiram o policial foi na cabeça.

Os trabalhos de investigação foram desencadeados em Boa Esperança e Cristais, pela Polícia Civil da cidade, juntamente com as equipes de investigadores de Três Pontas e Varginha, convocados para identificar os criminosos.

Foi um intenso e exaustivo trabalho de campo. Numa resposta rápida, foi possível elucidar o caso e prender todos os responsáveis, apresentando um relatório de mais de 150 páginas ao Poder Judiciário, realizado pelos investigadores de Três Pontas, com toda a dinâmica do que ocorreu na morte do policial, trabalhando em defesa dos cidadãos de bem.

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