

O Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), em Taubaté, em São Paulo, abriu suas portas na última semana para jornalistas de todo o Brasil. Profissionais da comunicação passaram um dia inteiro conhecendo o Sistema Campo Limpo e todo processo de recebimento de embalagens de agrotóxicos. A Equipe Positiva foi a única equipe do estado de Minas Gerais convidada a conhecer a estrutura que é sinônimo de sustentabilidade e de economia circular. Gerido pelo inpEV, o programa é referência mundial no logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas e cose de sucesso mundial em economia circular. Participaram do encontro, jornalistas também dos estados da Bahia, Maranhão, Tocantins, Recife, Pará, Rio Grande do Sul, Pernambuco.
O inpEV é o representante da indústria fabricante de defensivos no Sistema e o responsável pela destinação ambientalmente correta das embalagens vazias e sobras pós-consumo no Brasil, processo estabelecido pela Lei Federal nº 14.785/23 e o Decreto Federal 4.074/02. É uma instituição sem fins lucrativos, formada por mais de 195 fabricantes e entidades representativas da indústria, canais de distribuição e agricultores.
Responsabilidade compartilhada de cada elo do Sistema Campo Limpo
Depois de uma viagem com escala em Belo Horizonte, chegamos em São Paulo e fomos para Taubaté, onde pernoitamos. No dia seguinte seguimos para o nosso compromisso e formos recebidos pela direção do inPev. Lá, conhecemos o histórico de como tudo começou e os desafios que foram enfrentados. Ao longo de mais de 20 anos, foram investidos R$ 2 bilhões nesse programa que é uma referência mundial.
Desde o início de sua operação, em 2002, o Sistema Campo Limpo já destinou, adequadamente, mais de 750 mil toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas. Só em 2023, foram 53,2 mil toneladas. O programa tem como base o princípio das responsabilidades compartilhadas entre todos os elos da cadela produtiva, com apolo e fiscalização do poder público. Reúne mais de 256 associações de revendas e cooperativas e atende cerca de 2 milhões de propriedades rurais em todo o Pais, de acordo com o censo agrícola de 2017.
O Sistema está presente em todo o Brasil e conta com 416 unidades de recebimento, onde os agricultores podem devolver os embalagens vazias. Há ainda a possibilidade dessa entrega ser feita nos Recebimentos Itinerantes, que ocorrem em regiões distantes das unidades de recebimento e visam atingir os pequenos produtores.
Em 2023, Minas Gerais destinou 2.934 toneladas de embalagens vazias de defensivos de forma absolutamente correta. O Estado conta com 70 unidade de recebimento ligadas ao Sistema Campo Limpo, sendo 63 postos e 7 centrais. Uma das unidades de recebimento de embalagens fica em Três Pontas e é administrada pela Associação Regional dos Engenheiros Agrônomos (AREA).
O inpEV conta com 100 centrais e 316 postos em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal. Foram mais de 4,5 mil recebimentos Itinerantes, somente em 2023. Neste ano foram 53.212 toneladas de embalagens destinadas de forma ambientalmente correta; emissão de 1,05 milhão de toneladas de CO2e evitadas, desde 2022. Somente em 2023, foram 75.239 toneladas evitadas. O sistema conta com o Programa de Educação Ambiental (PEA) Campo Limpo que entra em seu 15° ano. Ano passado, explorando o tema da ecoeficiência, o programa alcançou 358 municípios, 15% a mais que no ano anterior, chegando a 261.136 alunos.
Todos os anos, as unidades realizam o Dia Nacional do Campo – celebrado em 18 de agosto e parte do calendário nacional desde 2008 – mobilizaram 60 mil pessoas em 2023. Ao todo, 98 centrais e 16 postos, em 114 cidades, de 19 estados, participaram do DNCL 2023.
De acordo com o presidente do inpEV Marcelo Okamura, o sistema segue acompanhando a expansão do agro, concluindo as obras de quatro novas centrais de recebimento nos estados de Mato Grosso do Sul, Tocantins e Rio Grande do Sul, que entraram em operação em janeiro e fevereiro de 2024, além de inaugurar quatro postos em Minas Gerais e no Pará. Ele destacou a pujança da agricultura no Brasil, mesmo sendo em um país tropical, o que se torna o grande desafio ao produtor. “Produzir com tantas doenças, plantas daninhas e um clima, não é tarefa fácil”, garantiu Okamura.
O gerente de Operações Antônio Carlos Amaral explicou especificamente as unidades do Rio Grande do Sul. Nenhuma das 39 que existem no estado foram atingidas pelo temporal que causou toda estratégia com dezenas de mortes. Elas foram instaladas em locais ambientalmente corretas e segue funcionando, obviamente com recolhimento menor do que esperado, dada as consequências desta tragédia.
Ele explicou que no Brasil existem 195 fabricantes de defensivos agrícolas e 10 entidades do setor agrícola. No que se refere as embalagens, 97% daquilo que é recolhimento são recicladas e apenas 3% são incineradas. A quantidade de agrotóxicos usada é grande, admite, porém, precisa ser lembrado que antigamente era quilo, hoje apenas algumas gramas aplicadas nas lavouras.
O que você precisa saber
– Agricultor: realiza a tríplice lavagem das embalagens, armazena temporariamente e de forma adequada, e devolve no local indicado na nota fiscal de venda;
• Indústria fabricante/registrante: é responsável por transportar e dar a destinação ambientalmente correta às embalagens devolvidas, encaminhando-as para reciclagem ou incineração;
– Canais de distribuição: disponiblizam o local de devolução das embalagens, indicando-o na nota fiscal de venda;
– Poder público: fiscaliza o funcionamento do sistema de destinação – emitindo as licenças de funcionamento para as unidades de recebimento e apoiando os esforços de educação e conscientização do agricultor, em conjunto com fabricantes e comerciantes.
Campo Limpo: tecnologias para reciclagem e transformação
A empresa produziu mais de 125 milhões de embalagens recicladas para o envase de defensivos agrícolas, marca que transforma a Campo Limpo num exemplo de economia circular, colocando o Brasil como líder mundial nesse processo
Pioneira no mundo, a indústria Campo Limpo Reciclagem e Transformação de Plásticos atua como centro de inovação e desenvolvimento de novas tecnologias voltadas para reciclagem e transformação de embalagens pós-consumo de defensivos agrícolas. Por meio de suas unidades de Taubaté (SP) e Ribeirão Preto (SP) são produzidas, a partir da matéria-prima reciclada, chamada RPC – Resina Pós-Consumo, embalagens para o envase de defensivos agrícolas no país, totalizando mais de 125 milhões de unidades comercializadas desde sua fundação, em 2008. A iniciativa transformou a Campo Limpo num exemplo de economia circular, colocando o Brasil como líder mundial nesse processo.
Fundada há 16 anos, a empresa representa uma experiência única ao produzir embalagens plásticas para o envase de defensivos agrícolas, com certificação internacional das Nações Unidas (grupo II, densidade 1,4 g/cm3) para o transporte terrestre e marítimo de produtos perigosos, a partir da resina reciclada pós-consumo do setor agrícola. Esse processo é proprietário e recebeu uma patente verde pelo INPI.
Idealizada pelo inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias), a empresa tem o objetivo de contribuir para a autossuficiência econômica do Sistema Campo Limpo, programa brasileiro de logística reversa de embalagens vazias e sobras pós-consumo de defensivos agrícolas.
O trabalho é executado a partir da reciclagem das embalagens vazias e tríplice lavadas devolvidas pelos agricultores ao Sistema Campo Limpo. Assim, encerra-se e inicia-se um novo ciclo dessas embalagens dentro do próprio setor, a pura definição de economia circular.
Em 2011, a empresa recebeu o certificado ISO 9001 para reciclagem e transformação de plásticos em resinas pós-consumo, projeto, desenvolvimento e fabricação de embalagens plásticas. Atualmente, a companhia tem um complexo industrial que abriga duas subsidiárias localizadas na cidade de Taubaté (SP) e uma filial em Ribeirão
Preto (SP), inaugurada em 2018.
A Campo Limpo é composta por três empresas: Campo Limpo Reciclagem e Transformação de Plásticos S.A., Campo Limpo Tampas e Campo Limpo Resinas. Com elas, fecha-se o ciclo de gestão das embalagens plásticas rígidas de defensivos agrícolas dentro da própria cadeia produtiva.
A fábrica de Taubaté (SP) segue conceitos de ecoeficiência e foi projetada de forma a não gerar impacto ambiental, já que possui moderna estação de tratamento de água, reaproveitamento da água da chuva e uso racional da luz solar. Além disso, a unidade conta com modernos equipamentos desenvolvidos com especificidades e foco para a reciclagem e transformação de plásticos. Neste local, há também laboratórios com instrumentos de alta tecnologia e técnicos capacitados focados em obter soluções para seus clientes.
Sobre a Campo Limpo
Fundada em 2008, Campo Limpo Reciclagem e Transformação de Plásticos S.A. atua como um centro de desenvolvimento de novas tecnologias voltadas para reciclagem e produz embalagens plásticas para envase de defensivos agrícolas a partir da resina reciclada pós-consumo agrícola. Esse processo é proprietário, conta com certificação UN para transporte terrestre e marítimo de produtos perigosos e recebeu uma patente verde pelo INPI.
O trabalho é executado a partir da reciclagem das embalagens vazias e tríplice lavadas devolvidas pelos agricultores ao Sistema Campo Limpo.
Assim, encerra-se um ciclo e inicia-se um novo dessas embalagens dentro do próprio setor, a pura definição de economia circular.
Idealizada pelo inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias), a empresa tem o objetivo de contribuir para a autossuficiência econômica do Sistema Campo Limpo, programa brasileiro de logística reversa de embalagens vazias e sobras pós-consumo de defensivos agrícolas.
A companhia conta com um complexo industrial que abriga duas subsidiárias localizadas na cidade de Taubaté (SP) e uma filial em Ribeirão Preto (SP), inaugurada em 2018.