Por Loui Jordan
Embora as observações estejam em fase final, um estudo iniciado em 2016 por cientistas da Itália e do Reino Unido, acena para a forte possibilidade de o oceano atlântico estar gradativamente se expandindo. Bom, como as casas flutuantes e suas comunidades estão ganhando mais adesão, fora os problemas já notórios na sociedade moderna, talvez o futuro seja povoado por sociedades que residam nos oceanos.
Ao todo são dois pontos capitais. Primeiro, no estudo citado acima, cerca de 39 sismógrafos foram utilizados para estudar o movimento das placas tectônicas no Oceano Atlântico. De acordo com o estudo ainda não finalizado, o oceano está se expandindo devido a atividade sísmica do manto de magma no Dorsal do Atlântico Norte, esse é ponto um.
Vamos ao segundo ponto para compreendermos tudo isso, as populações urbanas estão crescendo cada vez mais. Você pode questionar o porquê disso tudo, além de alguns lugares no planeta serem densamente povoados a ponto de gerarem desconforto e uma possível falta de suprimentos e moradias, mais do que isso, o aumento do nível do mar. Estima-se que nos próximos 30 anos o nível global do mar poderá aumentar em 30 centímetros e assim por diante, vale informar o seguinte, praticamente metade da população mundial vive na costa ou próximo a ela.
Resumo da ópera, as sociedades estão ficando maiores, as questões econômicas ditam cada vez mais a vida das pessoas e a água cobre cerca de 70% da superfície do nosso planeta. Portanto, com o crescimento de vilarejos flutuantes em alguns países e o fato de que conhecemos muito pouco nossos oceanos, existem muitos pontos a serem explorados de forma inteligente é claro.
O fundo do mar por exemplo, é menos conhecido do que o solo lunar, por incrível que isso pareça. Falando em mares e oceanos, já existem muitas casas flutuantes no oceano atlântico que banha o Recife, Pernambuco, principalmente a população economicamente mais carente. Nos Estados Unidos da América, não é diferente, em Seattle, no estado de Washington, as casas flutuantes já fazem parte do cenário social.
O caso mais conhecido talvez, seja da Baía de Ha Long, no nordeste do Vietnã. Mais de 1500 pessoas residem em vilarejos flutuantes há um tempo, é claro que existe uma questão cultural, afinal de contas, essas pessoas usufruem das águas para fazer suas atividades de trabalho.
Por fim, isso pode parecer apenas pensamentos futuristas extremamente distantes, mas a ciência e a tecnologia estão de olhos atentos para isso tudo. Um exemplo, o projeto da Cidade de Mériens, que tem a pretensão de ser flutuante, autônoma, sustentável e suficiente para 7.000 pessoas, foi idealizada pelo arquiteto-oceanógrafo francês, Jacques Rougerie Mériens e pode vir à tona em 2050, até lá o nível do mar continuará subindo e as sociedades aumentando suas populações, tudo leva a crer que a habitação nas águas desses imensos mares e oceanos, ficarão cada vez mais comuns.